Imagine alguém que apresenta sintomas febris, dores musculares e cansaço extremo, típicos tanto da dengue quanto de outras doenças mais comuns, como a gripe. Diante dessa confusão quanto ao que sente e como melhorar, a ideia de recorrer à automedicação para aliviar o desconforto imediato é bastante comum. Porém, essa decisão aparentemente inofensiva pode se transformar em um perigo para a vida, especialmente quando se trata da dengue.
A escolha de medicamentos comumente utilizados para tratar sintomas similares, no caso da dengue, pode agravar — e muito! — o quadro clínico. Anti-inflamatórios, por exemplo, são contraindicados no tratamento contra a dengue, pois podem aumentar o risco de sangramento e de complicações. É o que alerta o infectologista Marco Aurélio Góes.
“Mesmo medicamentos como a dipirona e o paracetamol, que podem ser utilizados, devem seguir orientação médica para evitar a superdosagem”, orienta o profissional. Ele acrescenta que a hidratação oral deve ser iniciada logo no início da suspeita.
Entre os principais sintomas estão: febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas avermelhadas que podem ou não coçar. Já em casos com mais gravidade, que apresentem dor na barriga muito forte, vômito, tontura e sangramentos, a recomendação é e procurar o serviço de saúde com urgência.
De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, 113 pessoas morreram em decorrência de infecção por dengue desde 1º de janeiro de 2024 no Brasil. Há ainda 438 mortes cujas causas estão sendo investigadas sob suspeita da doença. O país contabiliza 653.656 casos prováveis de dengue.
O Distrito Federal registra, atualmente, o maior coeficiente de incidência (2.814,5), seguido por Minas Gerais (1.061,7), Acre (644,7), Paraná (611,6) e Goiás (569,6). Em número de casos absolutos, Minas Gerais aparece em primeiro lugar (218.066). Em seguida estão São Paulo (111.470), Distrito Federal (79.287), Paraná (69.991) e Rio de Janeiro (49.263).
A principal forma de prevenir a dengue é não deixar água parada. Mas há ainda as medidas de proteção individual, recomendadas pelo Ministério da Saúde, que são:
O Ministério da Saúde anunciou em janeiro que o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a disponibilizar a vacina contra a dengue no sistema público e universal. Conhecida como Qdenga, é fabricada pelo laboratório japonês Takeda e passa a ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Leia mais sobre a vacina contra a dengue: “Brasil é o primeiro país a disponibilizar vacina contra dengue no sistema público: o que você deve saber”.
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