“Chegando à eira de Atade, perto do Jordão, lamentaram-se em alta voz, com grande amargura; e ali José guardou sete dias de pranto pela morte do seu pai”(Gênesis 50, 10).
Na passagem bíblica citada, já está exposto que o José guardou por 7 dias o luto pela morte do pai. Em outro momento, em 1 Samuel (31,13), temos que: “E tomaram os seus ossos, e os sepultaram debaixo de um arvoredo, em Jabes, e jejuaram sete dias”.
Ambos os textos ajudam a entender os motivos pelos quais a Igreja Católica tem como costume rezar a Missa de sétimo dia para os falecidos.
De acordo com o Padre Reginaldo Manzotti, o número 7 representa a perfeição que é Deus. Isso porque, em 7 dias, Ele concluiu toda a criação e depois descansou.
“Então, fazendo um paralelismo a essa passagem, a missa de sétimo dia existe. Além disso, faz memória aos que, pelo mistério da morte, descansam em Deus depois de terem concluído na Terra a obra da vida”, explica o Padre.
“O luto por um morto dura sete dias, mas por um insensato e um ímpio, dura toda a sua vida” (Eclesiástico, 22)
Sete dias também é o tempo de luto dos familiares. Isso significa que a família fica esse tempo de luto a fim de eliminar as interferências da morte na vida dos que ficam e, com isso, diluir um pouco da dor. Mas é claro, o luto pode continuar (e geralmente segue fazendo parte da rotina) ao longo da vida de quem fica.
Entre símbolos e sensações, o luto é um estado real e dolorido pelo qual todos devem passar, mas dificilmente há uma preparação ou mesmo se fala nisso. Neste post falamos sobre como a fé ajuda a viver o luto pela perda de entes queridos.
Outro fator apontado por Reginaldo Manzotti é que no Brasil, por exemplo, por ser um país continental, a Missa tem mais um significado. Como há muita dificuldade de chegar em todos os lugares, quando um familiar morre, nem sempre se consegue chegar ao velório.
Dessa forma, a Missa de sétimo dia permite ao parente distante chegar e estar com a família rezando pelo ente querido que partiu.
“A missa é também uma oportunidade, portanto, para os que ficaram. Eles podem louvar a Deus pelo dom da vida de quem partiu, como também rezar e prestar atenção em como está a própria vida”, finaliza.
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