Por que devo amar o próximo e como fazê-lo? 

Por que devo amar o próximo e como fazê-lo? 

Entre os ensinamentos de Deus, os Mandamentos da Lei, ou Decálogo, estão entre as principais e mais conhecidas regras para quem deseja seguir o caminho que Deus propõe ao homem para uma caminhada livre do pecado. 

Nestas leis determinadas pelo Pai, um dos mandamentos centrais em toda a bíblia é o amor ao próximo. Encontramos essa referência já no Antigo Testamento, na passagem do Decálogo, quando Moisés as recebe. Depois, esse mandamento é retomado por Jesus várias vezes, principalmente, no Evangelho de Mateus. Ele diz respeito ao cumprimento pleno ao primeiro e maior de todos os mandamentos, que ensina que devemos amar a Deus sobre todas as coisas. 

Mas afinal, o que é amar o próximo como a ti mesmo?

Quando falamos do amor ao próximo, falamos do amor cristão, ou seja, é um sentimento que não se limita ao nível do gosto, por exemplo, “eu gosto de fulano, gosto de ciclano”. Conforme o Pe. José Vitor Cozechen Seller, o amor para os cristãos se trata de uma decisão de vida. 

“O Papa Bento XVI, quando escreveu a encíclica Deus Caritas Est (Deus é amor), nos disse que nós, cristãos, acreditamos em uma postura de amar e ela se sustenta a partir de atitudes concretas. Amar não é apenas gostar, vai muito além do querer bem. Amar supõe ser capaz de colocar o outro em primeiro lugar”, enfatizou. 

Para cumprirmos esse ensinamento de Deus precisamos nos lembrar do primeiro mandamento estabelecido nas Leis do Pai: amar a Deus sobre todas as coisas. Mas o que isso quer dizer? Segundo o sacerdote, amamos ao outro e a nós mesmo, quando reconhecemos neles, a presença e vontade de Deus. 

“Na mensagem do Evangelho, eu amo quem eu sou porque foi Deus quem me fez, eu vim de Deus, sou criatura de Deus. Fui pensado e sonhado por Deus, do jeito que sou, com tudo que sou, com potencialidades e fraquezas. Sou amado por Deus, em primeiro lugar, então devo amar-me. A partir dessa relação comigo é que se estabelece o amor ao outro porque reconheço que o outro também foi criado por Deus, sonhado e amado, tal como ele é. Jesus vai dizer no Evangelho, ‘Faça ao outro o que gostaria que fizesse para você’. Amar o próximo como você gostaria de ser amado, isso nos dá uma direção muito concreta para a vida”, reflete José. 

Equilíbrio para amar e ser amado

Quando Deus nos ensina a “amar o próximo como a ti mesmo”, ele nos fala para além de uma ação, mas também sobre medida e intensidade. O mandamento pressupõe a harmonia neste caminho de amor. Por isso, quando uma das esfera se sobressai a outra, não estamos colocando em prática as leis que aprendemos e recebemos de Deus.

“É muito difícil amar o próximo quando eu não me amo, em primeiro lugar. Amar a si mesmo não tem a ver com vaidade ou soberba. O amor ao próximo e amor a mim mesmo caminham juntos, um é a medida do outro. Se eu amar o próximo e, ao mesmo tempo, me diminuir ou deixar de me amar, podemos ver como consequências relacionamentos abusivos, por exemplo, que se sustentam por amores doentios. Da mesma forma, quando me coloco apenas como foco do amor, me torno uma pessoa egoísta, fechada, manipuladora. Por isso, esse equilíbrio é importante, me amar, tal como amo o próximo, como criatura e obra de Deus, a quem amo acima de todas as coisas”.   

Base para outros aprendizados e mandamentos

Como Lei central do Decálogo, podemos dizer que o amor ao próximo e a Deus estão presentes em todos os outros mandamentos. “Toda palavra de Deus está sintetizada nisso”, afirma o sacerdote. Isso porque as atitudes determinadas e escritas por Deus são desdobramentos práticos dessa primeira atitude fundamental. 

“Se eu amo o próximo e o reconheço como criatura de Deus, não vou objetificar as pessoas apenas para meu prazer, porque aí deixo de reconhecer Deus nesse ser humano. Se amo o próximo e amo a Deus, não vou tomar aquilo que é do outro, que foi conquistado pelo outro, no furto ou no roubo. Se amo o próximo e amo a Deus não desejo que mintam, que inventem, que façam fofoca ou levantem falso testemunho sobre o outro. Esse é o espirito: o amor a Deus e o amor ao próximo como a si mesmo sintetizam a lei e os mandamentos. Mais ainda do que isso, nos garantem a liberdade e riqueza de nos sentirmos filhos de Deus”, finalizou.

Se esta leitura despertou em você o desejo de saber ainda mais sobre os 10 Mandamentos da Lei de Deus, não deixe de conferir nosso conteúdo especial sobre cada um desses ensinamentos. Clique aqui e confira se Você sabe quais são os dez mandamentos e o significado deles.

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Comentários

  • Gabriel
    Que Deus continue ti abençoando!

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