O Batismo de Jesus é retratado nos quatro Evangelhos da Bíblia – cada um a partir de um ângulo. Em todos eles, porém, está clara a presença da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Cristo não precisava se batizar, mas assim escolheu como uma das Suas maneiras de mostrar o caminho da salvação à humanidade.
Aquele momento, quando tinha cerca de 30 anos e, nas águas do Rio Jordão, o Senhor foi batizado por João Batista, marca a sua revelação como enviado de Deus. O Evangelho de Marcos, inclusive, começa a partir desse acontecimento. Ele não precisava ser batizado, mas se submeteu como uma maneira de iniciar esse Sacramento.
“Nessa ocasião Jesus veio de Nazaré, uma pequena cidade da região da Galileia, e foi batizado por João Batista no rio Jordão. No momento em que estava saindo da água, Jesus viu o céu se abrir e o Espírito de Deus descer como uma pomba sobre ele. E do céu veio uma voz, que disse: — Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria” (Marcos 1,9-11).
Como citou Santo Agostinho, o Batismo de Jesus foi “para proclamar com a sua humildade o que para nós era uma necessidade”. De acordo com o calendário da Igreja, após a Epifania do Senhor, o tempo de Natal é concluído com o Batismo do Senhor, celebrado no domingo após o dia 6 de janeiro.
Jesus foi batizado adulto, por uma escolha e não necessidade, e aquele momento revelou que Ele era o próprio Deus. A todos os Seus filhos, cabe então seguir esse exemplo e receber o Sacramento que é a purificação da alma, o propósito e a rendição em favor de Seus ensinamentos.
Qualquer pessoa, de qualquer idade, pode ser batizada na Igreja, que está sempre de portas abertas. Porém, a recomendação é que esse Sacramento seja recebido ainda na infância, como explica Padre Reginaldo Manzotti.
“Viver na graça de Deus é bom, não é? Então por que negar isso às crianças? O batismo é uma graça para a vida humana e ninguém deve ser privado”, reforça.
O Sacerdote cita o Catecismo da Igreja Católica:
“O Batismo não somente purifica de todos os pecados, como faz também daquele que vai receber o sacramento uma nova criatura, um filho adotivo de Deus, que se tornou participante da natureza divina, membro de Cristo e co-herdeiro com Ele, templo do Espírito Santo” (CIC 1265).
Assim como escreveu em um artigo o Arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Leomar Antônio Brustolin, o costume de batizar as crianças tem origem no Cristianismo da idade antiga. “Quando os adultos, abraçando a fé, queriam que também seus filhos participassem da comunidade e aprendessem, desde cedo, a conhecer e a amar Jesus Cristo. Mais tarde, a prática de batizar crianças se tornou geral”.
Como acrescenta Padre Manzotti, é dever do pai e da mãe educar os filhos na fé, e o primeiro passo para isso é o Batismo.
“Não se deve negar o batismo para ninguém: as comunidades estão de portas abertas para proporcionar o melhor para os fiéis”, finaliza.
Quanto às crianças que morrem sem Batismo, a Liturgia da Igreja convida a ter confiança na misericórdia divina e a rezar pela sua salvação (CIC 1265).
_____________________________________________________________________________________________________________________________________
Leia mais sobre Batismo
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.