Quando Karol Józef Wojtyła se tornou o primeiro Papa não italiano em mais de 450 anos, em 1978, ele optou por assumir o nome de João Paulo II, em homenagem aos seus predecessores, João XXIII e Paulo VI. Outros exemplos são os Pontífices Joseph Aloisius Ratzinger, que escolheu o nome de Bento XVI em 2005, e Jorge Mario Bergoglio, que adotou o nome de Francisco em 2013.
A prática de mudar de nome ao ser eleito é de séculos atrás. Até o ano 532, todos os sucessores de São Pedro usavam seus nomes de batismo e indicavam também sua procedência, como Anacleto Romano, Evaristo “o Grego” e Lino de Tuscia. A mudança de nome teve início quando um eleito chamado Mercúrio “o romano” optou por trocar, porque seu nome tinha conotações pagãs, uma vez que era o nome romano do deus grego Hermes.
Ele adotou então João II em homenagem a seu predecessor, João I, um mártir. A partir desse momento, muitos de seus sucessores continuaram essa prática e optaram por nomes dos apóstolos, mártires ou outros papas. Desde então, apenas dois Papas mantiveram seus nomes de batismo: Adriano VI e Marcelo II.
Há um momento especial para a declaração dessa vontade. Ao ser eleito um novo Papa, o cardeal decano do Colégio Cardinalício aproxima-se e faz a pergunta “Quomodo vis vocari?” para saber como deseja ser chamado.
Como mostram esses exemplos, a escolha do novo nome é também uma forma de homenagear ou honrar um predecessor cuja história tem bastante importância, inspira e encaminha outras pessoas.
A Tradição mostra que para os Papas eleitos, o nome escolhido representa a direção que desejam tomar durante o papado e os valores que propõem disseminar. Por exemplo, ao escolher o nome de Francisco, Papa Francisco expressou seu compromisso com a simplicidade, a humildade e a preocupação com os pobres, inspirado em São Francisco de Assis, conhecido por sua bondade e compaixão pelos menos favorecidos.
Como mostram as Escrituras Sagradas, outras pessoas muito importantes para o cristianismo e para os planos de Deus também tiveram seus nomes modificados, seja para simbolizar suas missões, seja pelas transformações pelas quais passariam.
Como está em São Mateus 16,18, Jesus muda o nome de Simão para Pedro, que significa ‘rocha’ e simboliza a fundação da igreja: a pedra sobre a qual a Igreja seria edificada. Ele foi o primeiro Papa da Igreja.
Antes de se converter, São Paulo se chamava Saulo e perseguia cristãos. Tudo mudou durante uma viagem para Damasco, quando uma luz muito forte iluminou seus olhos e, naquele momento, ele ouviu a voz de Jesus que o questionou sobre as perseguições. Saulo ficou três dias cego, rezando sem parar, e se transformou em uma nova pessoa, a começar pelo nome, tão importante para a Boa-Nova.
De São Pedro ao Papa Francisco, a Igreja teve 266 Papas. Veja quais foram os últimos dez, seus nomes de Batismo e suas novas escolhas:
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