Por que vamos à Santa Missa se Deus está em todos os lugares?

Por que vamos à Santa Missa se Deus está em todos os lugares? Foto: Felipe Gusso

É comum que algumas pessoas se perguntem por que, em meio a tantos compromissos, devem dedicar um tempo para ir à Igreja e participar da Santa Missa. A resposta principal é que é nesse momento tão importante que acontece o verdadeiro encontro com Jesus, pela Eucaristia. É um tempo de comunhão com o Pai e com os irmãos e de dedicação profunda e exclusiva ao Senhor. É, antes de tudo, uma vivência do sacrifício de Cristo que se atualiza no altar.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), “a Eucaristia é a fonte e o ápice de toda a vida cristã. Os restantes sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e obras de apostolado, estão vinculados com a sagrada Eucaristia e a ela se ordenam” (CIC 1324). Na Santa Missa, os fiéis têm a oportunidade de participar do sacrifício de Cristo de maneira direta e presente, algo que não pode ser experimentado em outro lugar. Trata-se da renovação do sacrifício único de Jesus na Cruz, que O torna presente e acessível aos fiéis em todas as celebrações eucarísticas.

A onipresença de Deus e a necessidade da Santa Missa

É verdade que Deus é onipresente e onisciente. Como ensina a Igreja, Ele está em todos os lugares e pode ser encontrado por aqueles que O buscam sinceramente, como diz o Salmo 139,7-10:

“Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua presença? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também”.

Porém, entender a Santa Missa como um compromisso cristão é necessário. Ir à Missa, pelo menos aos domingos, é o terceiro mandamento da Lei de Deus. A Santa Missa é um ato comunitário de adoração, como ensina Papa Paulo VI na constituição dogmática Sacrosanctum Concilium, que afirma:

“Na liturgia, Deus fala ao Seu povo e Cristo continua a anunciar o Evangelho. Por outro lado, o povo responde a Deus com o canto e a oração.”

Jesus instituiu a Missa na Última Ceia, quando disse aos discípulos: “Fazei isto em memória de mim” (São Lucas 22,19). Por isso, é a celebração do memorial perpétuo da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. Além do mais, é a oração mais perfeita e a oferta mais agradável a Deus, pois é a renovação do sacrifício do Senhor.

“A Eucaristia é também um sacrifício de ação de graças ao Pai, uma bênção pela qual a Igreja expressa o seu reconhecimento a Deus por todos os seus benefícios, por tudo o que Ele fez na criação, redenção e santificação” (CIC 1360).

Leia mais sobre os ritos da Santa Missa

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