Há um ditado popular que diz: “Sou igual a São Tomé, só acredito vendo!” A frase tem origem no temperamento do apóstolo que não estava presente na hora em que Jesus Cristo apareceu aos seus após a Ressurreição e duvidou do fato. Só acreditou oito dias depois, quando o Senhor apareceu novamente aos seus.
O mesmo comportamento incrédulo de São Tomé se manifestaria anos mais tarde, quando o apóstolo estava em peregrinação pela Pérsia e Índia e recebeu um chamado de Pedro para retornar e reunir-se com a Virgem Maria, que gostaria de dar o último adeus a todos os apóstolos antes de subir ao Reino dos Céus de corpo e alma.
Tomé voltou atrasado da viagem e mais uma vez duvidou, dessa vez da Ascensão de Maria Santíssima. Chegou a pedir que Pedro abrisse o sepulcro e o encontrou, de fato, vazio. No local, havia apenas muitos lírios e rosas. Então, ao erguer o olhar para o céu, viu a Virgem Maria em sua Glória. Ela sorriu, desatou Seu cinto e o jogou nas mãos de Tomé, como sinal de bênção e proteção.
O tecido do cinto que tocou a pele de Nossa Senhora é uma das relíquias sagradas mais veneradas da Igreja Católica e está guardada na Catedral de Prato, na Itália, que se tornou um dos lugares de peregrinação mariana mais frequentados o país.
“Essa história nos ensina a deixarmos de ser teimosos e passarmos a acreditar e amar mais Maria, pois por mais que estejamos imersos em nossas misérias, Ela sempre estará disposta a fazer milagres portentosos para nos confirmar na fé e nos atarmos a seu cinto, protegendo-nos com sua maternal ternura e nos conduzindo nos braços de Jesus’, afirma o Padre Reginaldo Manzotti.
Entre as relíquias do acervo da Obra Evangelizar É Preciso está um fragmento do tecido do cinto que Nossa Senhora deu de presente a São Tomé, guardada em meio a outras recebidas de presente. E em abril de 2022, o acervo aumentou. O Padre Reginaldo Manzotti foi presentado pelo Frei Maurício Manosso e pelo Frei Jean Alves com a relíquia de 1⁰ classe do Beato Mariano de La Mata.
Mas, afinal, o que é uma relíquia sagrada? É a parte do corpo de um santo e objetos – ou fragmentos desses – que foram usados por santos em vida e que hoje são venerados pelos católicos como itens sagrados, verdadeiros testemunhos de fé. A palavra relíquia vem do latim reliquiae e significa resto.
A Igreja Católica estabeleceu três classificações para as relíquias. A primeira classe engloba partes do corpo, como cabelos, ossos, carne, sangue. As de segunda classe são partes de objetos pessoais do santo, como pedaços de túnica, de cajado, do caixão. As de terceira classe são pedaços de tecido que tocaram no corpo do santo ou no relicário de alguma relíquia de primeiro grau.
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