A Bíblia é repleta de ensinamentos que nos guiam e levam à reflexão. Além de respostas, Jesus lançou muitas perguntas nos Evangelhos. Segundo o monge Ludwig Monti, Cristo fez 217 perguntas que estão registradas e instigavam os seus discípulos e ouvintes a refletir mais profundamente sobre fé e propósito para um encontro com a verdade e consigo.
O cardeal Gianfranco Ravasi destaca, em um artigo publicado no Il Sole 24 Ore, que essas perguntas têm um caráter desafiador, e levam ouvintes a questionar suas próprias crenças e comportamentos.
Ludwig Monti, que estudou e compilou os questionamentos, sugere que os leitores se deixem interpelar por elas, pois Jesus não fazia perguntas para obter informações, mas para nos ajudar a chegar mais perto da verdade.
Essa é uma das perguntas mais famosas feitas por Jesus e é um convite à reflexão pessoal e coletiva. Ao questionar aos discípulos sobre sua identidade, Jesus os leva a reconhecer quem Ele é e quem eles são em relação a Ele. É um chamado à autodescoberta e à fé autêntica.
A pergunta é feita após Jesus acalmar a tempestade. É uma indagação que o Senhor dirige diretamente aos seus discípulos, e que ecoa ainda hoje, chamando-nos a confrontar nossos medos e falta de fé. O medo, muitas vezes, nos paralisa e impede que experimentemos plenamente a confiança em Deus. Devemos buscar superar nossas inseguranças.
Jesus nos confronta sobre a hipocrisia, incentiva a examinar nossos próprios defeitos antes de criticar os outros. Um questionamento que lembra da importância de cultivar a humildade e da necessidade de autocrítica, que é essencial para o crescimento espiritual.
Em um momento de intensa compaixão, Jesus dirige essa pergunta ao fariseu que o convidou para jantar, referindo-se à mulher pecadora que lavou seus pés com lágrimas. Ele nos direciona a olhar para as pessoas além das aparências e preconceitos, e enxergar a dignidade de cada ser humano, independentemente de seu passado ou situação atual.
Na narrativa da multiplicação dos pães, a pergunta de Jesus é um convite a percebermos o que temos, por menor que seja, e a oferecer em confiança, sabendo que Deus pode multiplicar nossos esforços e recursos para abençoar a muitos.
Após a ressurreição, Jesus encontra seus discípulos perplexos e com medo. Essa pergunta revela a preocupação de Jesus com o nosso estado interior e nos convida a confiar na Sua presença ressuscitada, que traz paz e segurança.
Jesus frequentemente desafia os pensamentos e intenções de seus ouvintes. Aqui, Ele nos lembra que que devemos cultivar a pureza e a sinceridade de coração.
Essas são apenas algumas das muitas perguntas feitas por Jesus nos Evangelhos, que convidam a refletir e a permitir que nossas vidas sejam transformadas. Como ressalta Gianfranco Ravasi, as interrogações de Cristo são um chamado constante à autêntica conversão, um convite para que olhemos além das aparências e nos abramos ao mistério divino que se revela no dia a dia.
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