Todos nós somos seres capazes de amar porque, primeiro, fomos e somos amados por Deus. Por esse amor divino e genuíno, somos, constantemente, perdoados por nosso Pai, que primeiro de tudo, nos amou incondicionalmente. Por seu perdão e amor, também devemos amar e perdoar o próximo. É assim que o perdão deve ser definido para nós, cristãos, como a prática de um ensinamento de Deus Pai, para cada um de nós, seus filhos, como forma de viver plenamente suas orientações.
E para esse perdão que falamos e devemos praticar, há uma medida? Há um limite para o perdão? Na Bíblia, somos convidados a esta reflexão quando Pedro questiona: “Senhor, quantas vezes devo perdoar?” (Mateus 18,21). Devemos viver e praticar o perdão sem estabelecer condições. Ele deve ser gratuito e unilateral, sem preocupações com reconciliação ou com os efeitos disso. Não devemos pensar no outro, mas em nós mesmos e em nossa vivência da Palavra de Deus, em sua misericórdia, na cura espiritual e no sacramento da reconciliação, inclusive para o autoperdão.
Se, para o Catecismo da Igreja Católica, o pecado é a falta cometida contra a razão, a falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, ou é entendido como a ação humana que nos afasta de Deus, o perdão é o caminho contrário: nos aproxima do Pai ao nos permitir praticar seu amor, seus ensinamentos e sua misericórdia.
Reunindo a Palavra de Deus, a Bíblia nos ensina, nos acalma, traz reflexões, respostas, paz e segurança para nossa caminhada de fé, que é marcada também pelo constante aprendizado. É nela que encontramos decifrações para todas as nossas dúvidas e medos. Por isso, ela é também o norte, conforto e guia para o caminho dos cristãos.
Se nos perguntamos: qual o único pecado para o qual não há perdão? É na bíblia que teremos a paz de encontrar respostas. No livro de Marcos 3, 28-29, Jesus nos diz: “Eu lhes asseguro que todos os pecados e blasfêmias dos homens lhes serão perdoados, mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca terá perdão: é culpado de pecado eterno”.
E em que consiste esse pecado contra o Espírito Santo? Mensageiro de Deus, Padre Reginaldo Manzotti nos explica que a blasfêmia citada por Jesus não se refere apenas a palavras, mas, sobretudo, a atos cometidos.
“Quem blasfema? Quem não se sente necessitado de Deus, quem não se sente pecador ou quem se considera sem pecado. Às vezes, não se trata de falar, mas de agir. A indiferença é uma forma terrível de desamor. É pecado considerar que Deus não pode perdoar. Lembremos do apóstolo Judas, que não conseguiu ver Deus o perdoando pelo que ele fez e se matou”, nos lembra o sacerdote.
Assim, o pecado contra o Espírito Santo começa quando não nos consideramos pecadores e damos as costas ao convite de Deus à conversão. Padre Reginaldo nos lembra das palavras do Papa Francisco que pede ao Senhor consciência dos próprios pecados.
“Dizer a Deus, por exemplo, ‘você não me interessa’, ‘estou bem sem você’, ‘não preciso de Deus na minha vida’. Diante dessas circunstâncias, o que Deus pode fazer? Nada. E onde Deus não pode agir, não há nada a fazer, nada a perdoar. Mas, Deus é tão amoroso que nos deu livre arbítrio e respeita essa decisão, mesmo que errônea”, pondera o Padre.
Desde o batismo, nós somos templos do Espírito Santo. Nele, podemos encontrar o diálogo, as vontades e a realização de obras do Senhor. É à luz dele que devemos pedir e pensar sobre nossas ações e decisões. Sem Ele, não há vida pois é Ele quem nos prepara para a presença de Deus.
“Não entristeça o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.” (Ef 4, 30-31)
Se você quer fortalecer o Espírito Santo em seu coração, corpo e alma ou conhecer mais sobre Ele, que é parte forte da Santíssima Trindade, mergulhe nas leituras e reflexões disponíveis aqui no IDe+. Para começar, separamos conteúdos especiais, inspiradores e acolhedores sobre o Espírito Santo:
– Você conhece os dons do Espírito Santo?
– Deveríamos permitir e pedir que o Espírito Santo queime tudo que é fútil e pueril
– Por que devemos pedir a Deus que seja feita a Sua vontade e não a nossa?
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