“Que mal há em falar palavrão?” Entenda a relação com o pecado

“Que mal há em falar palavrão?” Entenda a relação com o pecado

Pode parecer apenas um “jeito de falar” sem más intenções. Mas os chamados “palavrões” não são neutros: podem ferir, magoar, escandalizar e até mesmo abrir portas espirituais perigosas. Por isso, para a Igreja, falar palavrão pode ser considerado pecado, pois vai contra a caridade e a pureza cristã.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que palavras torpes, obscenas, blasfêmias e injúrias são faltas contra a virtude da pureza e contra o respeito devido a Deus e ao próximo (cf. CIC §§1853, 2475-2476, 2533). Podem ser pecados veniais quando ditos por hábito ou impulso, mas se tornam graves se envolvem ofensas, maldições ou blasfêmias.

Padre Reginaldo Manzotti já foi enfático sobre o tema: “Casa não é lugar de palavrão. Lava com sabão de soda sua boca. Se você é de uma família cristã, estabeleça: na minha casa, não se chama o diabo. Na minha casa, não se fala palavrão”.

Durante a pregação do Retiro Nacional de 2021, ele também alertou: “Porque têm pessoas que proferem muitas palavras ruins, agressivas, negativas. Mas sabe quem é atingido pelos ‘xingões’ que você joga pro céu? Você mesmo”. As palavras têm o poder de voltar contra quem as pronuncia.

O que a Bíblia ensina sobre o uso da língua

A Sagrada Escritura é clara ao ensinar que nossas palavras têm peso diante de Deus. Os textos mostram que falar palavrão é algo que tende a contaminar quem fala e quem ouve.

“De toda palavra inútil que os homens disserem, dela darão conta no dia do juízo” (Mt 12,36-37).

“Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for boa para edificação” (Ef 4,29).

“Agora, despojai-vos de tudo isso: ira, indignação, maldade, blasfêmia, palavras torpes da vossa boca” (Cl 3,8).

“De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não deve ser assim” (Tg 3,10).

Relação do palavrão com pecados

O palavrão geralmente aparece associado a outros pecados capitais:

  • Ira: a explosão de raiva leva a xingamentos e ofensas.
  • Luxúria: muitos palavrões têm conotação sexual e banalizam a pureza e a dignidade da pessoa humana.
  • Inveja e rancor: palavrões usados para humilhar ou diminuir o próximo ferem diretamente a caridade.

A Igreja também alerta para o perigo espiritual. Palavrões usados como pragas, maldições ou invocações podem se transformar em chamados ao maligno. Como ensina a tradição cristã, as palavras têm força e podem abrir brechas espirituais, motivo pelo qual a boca do cristão deve ser fonte de bênção, não de maldição, como alertou Padre Reginaldo.

O cristão é chamado a testemunhar a fé também com as palavras. O profeta Isaías disse: “Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei” (Isaías 55,11).

 

Assista ao vídeo do Padre Reginaldo Manzotti

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