Quem é a santa brasileira considerada heroína da pátria e indicada ao Nobel da Paz?

Quem é a santa brasileira considerada heroína da pátria e indicada ao Nobel da Paz?

O Brasil conta com uma santa que é considerada heroína da pátria. E mais: pela sua trajetória de vida e seus ensinamentos, chegou a ser indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Calma, que nas próximas linhas vamos dar fim à sua curiosidade. Mas é importante você saber que ela foi uma religiosa de muitos feitos, não só cristãos, mas também sociais.

Estamos falando de Santa Irmã Dulce, cujas obras voltadas para a população em vulnerabilidade e dedicação à Igreja ajudaram a transformar a vida de milhares de pessoas acolhidas por ela. Razões de sobra para ser considerada heroína e exemplo de pacificação.

Um desses fatos aconteceu este ano. Mais precisamente no mês de maio, quando foi sancionada a lei 14.584, que inscreveu o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nossa querida Irmã Dulce, no livro de Heróis e Heroínas da Pátria.

O título foi criado em 1992, ao mesmo tempo em que o livro – onde fica inscrito o nome do herói ou heroína. É dado pelo Congresso Nacional a personalidades que tiveram papel fundamental na defesa ou na construção do país. Entre elas estão nomes como Tiradentes, Anita Garibaldi, Chico Mendes, Zumbi dos Palmares, Machado de Assis, Santos Dumont e, agora, Santa Irmã Dulce.

O outro fato aconteceu há 35 anos. Por sua dedicação à população carente, Irmã Dulce foi indicada em 1988 pelo então presidente da República, José Sarney, ao Prêmio Nobel da Paz, concedido àqueles que “fizeram o melhor trabalho pela fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução de exércitos permanentes e pela realização e promoção de congressos de paz”.

A indicação contou com o apoio importante da Rainha Sílvia, da Suécia, que teve mãe brasileira. O próprio Papa São João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil, na década de 1980, ao conhecer a obra da freira, pediu-lhe pessoalmente que mantivesse seu trabalho com os pobres.

Trajetória

Irmã Dulce nasceu em 1914 em Salvador e, desde muito jovem, demonstrou empatia e solidariedade com os mais pobres. Aos 13 anos, começou a acolher pessoas em situação de rua e doentes em casa e transformou a residência da família num centro de atendimento. Foi nessa época, também, que começou a se dedicar à vida religiosa.

Aos 19 anos, formou-se professora, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, no Sergipe, e recebeu o hábito de freira. Adotou o nome de Irmã Dulce, uma homenagem à sua mãe.

Após muita peregrinação, fundou em 1949 um albergue improvisado em um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, na cidade de Salvador, capital da Bahia. O local deu origem ao hospital Santo Antônio, considerado até hoje a maior unidade de saúde do Estado.

Santa Irmã Dulce foi beatificada em 2011 pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, e canonizada em 2019 pelo Papa Francisco, com o título de Santa Dulce dos Pobres. Ela é a primeira santa nascida no Brasil.

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Comentários

  • Gabriela Rocha
    Que história maravilhosa de amor e dedicação ao próximo e quanto orgulho em termos uma santa no Brasil!

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