Quem é o “Hosana” da Missa? Descubra o significado por trás do Cântico Litúrgico

Quem é o “Hosana” da Missa? Descubra o significado por trás do Cântico Litúrgico Foto: Felipe Gusso

Você já viu aquele vídeo engraçado perguntando “Quem é a Rosana nas alturas na missa?” que viralizou nas redes sociais? Se sim, você não está sozinho! Mas vamos esclarecer: o que realmente é entoado é “Hosana nas alturas”, uma expressão profundamente enraizada na liturgia católica.

O que é “Hosana”?

“Hosana” é uma palavra de origem hebraica que significa “Salva-nos, por favor!” ou “Salva-nos, ó Senhor!”. É uma aclamação de louvor e súplica, derivada do Salmo 118, que foi cantada pelo povo de Jerusalém quando Jesus entrou na cidade montado em um jumentinho, pouco antes da sua Paixão. Este momento é recordado no Domingo de Ramos, quando proclamamos “Bendito o que vem em nome do Senhor!”.

O Cântico do Santo (“Sanctus”)

O “Sanctus” (“Santo”) é uma parte da Missa, cantado ou rezado durante o prefácio, antes da consagração das espécies do pão e do vinho. Esta oração nos conecta profundamente com a tradição cristã, ecoando as aclamações celestes e bíblicas.

Comentários dos Padres da Igreja sobre o “Sanctus”

Alguns Padres da Igreja comentaram o “Sanctus”, elucidando seu significado teológico e espiritual:

  • Tertuliano (séculos II e III, África do Norte): Ele afirmava que é oportuno que Deus seja bendito por toda a humanidade em qualquer lugar e tempo, pois a memória dos benefícios divinos, unida à oração, é uma bênção de Deus. As potestades dos anjos celestes ao redor do Deus Uno e Trino não cessam de dizer: “Santo, Santo, Santo” (Is 6,3; Ap 4,8). Nós, esperando viver como os anjos, aprendemos ainda neste mundo o cântico celeste dirigido a Deus.
  • Santo Ambrósio de Milão (após o século IV): Ele ensinava que o Senhor Deus é louvado e glorificado, sendo mostrado aos profetas como Um e aos apóstolos e à Igreja como Trindade. A profecia ensina a unicidade da divindade, enquanto os apóstolos e a Igreja reconhecem a Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, um único Deus.
  • Vitor de Vita (século V, Norte da África): Ele dizia que o hino “Santo, Santo, Santo” adora a perfeita Trindade. Dizendo três vezes “santo”, confessamos uma única Onipotência e a glorificação da Trindade, como ensinado por São Paulo em 2 Coríntios 13,13.
  • Casiodoro (séculos V e VI): Ele afirmava que “Santo, Santo, Santo”, conforme Apocalipse 4,8, representa o louvor incessante das potestades celestes a Deus Uno e Trino. Três vezes “santo” indica a santidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, uma única santidade e eternidade nas três Pessoas divinas. Nós, na terra, imitamos os céus ao louvar Deus com as mesmas palavras e sentimentos.

Hosana no Contexto do “Sanctus”

A oração “Sanctus” inclui a aclamação “Hosana nas alturas”, que complementa o louvor trinitário:

“Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!”

Esta aclamação reforça a nossa súplica e louvor, unindo-nos às vozes celestes. “Hosana” reconhece o poder salvador de Deus, clamando por salvação e expressando júbilo pela presença divina entre nós.

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