O Papa é o chefe da Cidade-Estado do Vaticano e o líder maior da Igreja Católica, o que atrai a atenção de milhões de pessoas do mundo inteiro. O Sumo Pontífice tem autoridade para governar a doutrina e a fé. Pode interpretar, legislar, alterar e revogar as leis estabelecidas por seus antecessores e que estão reunidas no Código de Direito Canônico, a legislação da Igreja. Devido às suas responsabilidades e à importância de seu papel, Sua Santidade conta com alguns protocolos para Sua proteção.
A integridade física do Santo Padre é garantida historicamente pela Guarda Suíça Pontifícia, fundada pelo Papa Júlio II em 1506. Foi esse mesmo Pontífice que encomendou a Michelangelo a estátua de Moisés e que mandou pintar o teto da Capela Sistina. Inicialmente, eram mercenários contratados. Mas acabaram se tornando um exército fixo.
O episódio definitivo para que a guarda se consolidasse como a grande protetora do Santo Padre ocorreu em 1527, quando os militares defenderam o Papa Clemente VII do ataque de um exército esmagador de mercenários alemães e espanhóis que estavam a serviço do imperador Carlos V. Dos 189 militares suíços, 147 caíram na batalha. O Papa Clemente VII foi obrigado a se render, mas os 42 sobreviventes continuaram ao seu lado, o que fez com que ganhassem sua estima e confiança.
Ao se tornar um Estado em 1929, o Vaticano adotou a Guarda Suíça Pontifícia como sua segurança oficial. Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados, além de garantirem a proteção do novo Estado, também auxiliavam a população civil que ali buscava refúgio.
O contingente é composto exclusivamente por suíços. Protege todas as entradas do Vaticano e do Palácio Apostólico. Atua durante as cerimônias papais e recepções de Estado, bem como durante o Colégio Cardinalício na Sé Vacante – período entre o falecimento ou renúncia de um Papa e a eleição de seu sucessor.
Também é atribuição da Guarda fazer a segurança do Chefe do Estado Pontifício em visitas de autoridades estrangeiras e outros chefes de Estado, além do acompanhamento e da assistência à Sua Santidade durante viagens internacionais.
O Sumo Pontífice precisa estar seguro sempre que aparece em público. Por isso, em certas ocasiões, na Praça de São Pedro, os guardas se misturam à multidão à paisana – sem o famoso uniforme de cetim nas cores azul-real, amarelo-ouro e vermelho-sangue.
Há quem diga que Michelangelo, gênio do Renascimento, foi quem criou o uniforme da Guarda Pontifícia. Contudo, não há comprovação do fato. O modelo foi, na verdade, desenhado por Jules Répond (comandante de 1910 a 1921), provavelmente com base em uniformes históricos.
Os guardas suíços também têm outro uniforme de trabalho, mais cômodo que o tradicional. É composto por calças compridas e casaco na cor azul e uma boina preta.
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