Vivemos em uma era da desconfiança. Um momento em que as pessoas se sentem inseguras e desconhecidas de si mesmas enquanto seres humanos. Elas buscam ser reconhecidas pelos seus atributos, mas na maioria das vezes, encontram-se cansadas.
Por estarem exaustas, não sabem ponderar e raciocinar como um homem adulto ou como uma mulher adulta, podem (ou devem) viver minimamente longe das suas seguranças – para que vivam verdadeiramente, de fato.
O amor é a maior chave do crescimento e da maturidade. Se você estaciona no amor, você estaciona na vida. A vida não é sobre um campeonato que você precisa ganhar, subir ao pódio, ganhar medalhas e receber os holofotes.
Esse momento, até mesmo para os grandes atletas, é passageiro demais. Isso porque, mesmo sendo um marco, não é a consagração a única a explicar tudo, ou seja, o maior crescimento e aprendizado que carregam dentro do coração não foi alcançado nos breves momentos em que estavam sob holofotes. O maior aprendizado acontece no ordinário de todos os dias.
No amor é a mesma coisa. Quem vive somente sob a segurança dos holofotes jamais terá a capacidade de reconhecer e de ter a humildade necessária para tirar as sandálias dos pés quando adentrar no mundo do outro.
Ah, se soubéssemos todo o amor que podemos transbordar na vida de tantas pessoas realmente dispostas!
Quando se ama ou até mesmo quando existe o desejo de amar, não há espaço para recuos.
Ter uma alma disposta ao amor é abrir mão de todas aquelas inseguranças que você mesmo criou para se proteger. Porque no final das contas, você entende que quando o assunto é amor, o seu coração se torna um livro que você empresta a alguém, sem saber como o outro irá devolvê-lo ou se irá devolver.
Quer amar? Não recue. Tenha uma alma disposta.
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