Mesmo entre católicos, é comum encontrar aqueles que confundem os títulos que formam a organização e a hierarquia da Igreja Católica, os quais servem para preservar a doutrina e a liturgia da religião e ramificá-las pelo mundo para transmitir a Palavra de Deus de forma unificada.
No entendimento popular, confunde-se bastante a figura do padre com freis e monges, tratando-os como sinônimos, como se não houvesse diferenças entre eles. Mas não é bem assim.
Cada elemento dentro da hierarquia da Igreja tem suas atribuições e características e é importante conhecê-las.
A seguir, vamos saber as principais diferenças entre religioso, padre, sacerdote, frei, monge e freira.
É o líder espiritual de uma comunidade católica. O termo tem origem no latim “pater”, que significa “pai”. Os requisitos para se tornar padre são: ser homem, cumprir toda uma maratona de estudos no seminário e se comprometer verdadeiramente com a sua vocação religiosa.
Ao receber o Sacramento da Ordem, ele estará apto a celebrar missas e ouvir confissões, entre outras funções. Um padre pode estar ligado a uma ordem religiosa ou a uma diocese.
Se for diocesano, o padre deve prometer obediência de forma solene a seu bispo, porém não faz voto de pobreza e pode possuir e herdar propriedades.
Já os padres que integram alguma ordem religiosa (franciscanos, dominicanos) ou comunidade monástica (beneditinos, cistercienses), precisam fazer votos de pobreza e renunciar toda e qualquer renda em favor de sua comunidade.
Título concedido a um católico que seja consagrado, pertencente a uma congregação e que segue as suas regras e ideais, como os franciscanos, carmelitas e dominicanos, por exemplo.
A forma de tratamento entre eles próprios e perante as outras pessoas é frei, que é uma abreviação de frade. Vale lembrar que a palavra frei vem do latim e significa “irmão” ou “frade”.
Dependendo da congregação à qual pertence, o frei pode se tornar padre, depois de receber o Sacramento da Ordem. Assim, terá os dois títulos. Porém, como frei que ainda será, ele terá sempre uma vida voltada à sua congregação.
Sacerdote é um mediador entre Deus e seus fiéis, católicos consagrados e ordenados e de dedicação integral à Igreja, inclusive adeptos do celibato, uma regra incondicional de comportamento.
No catolicismo, há três graus de sacerdote: diácono, padre e bispo. Cada um com aspectos específicos ligados aos sacramentos, como por exemplo o fato de um diácono não poder celebrar a missa, já que a ele não é permitido consagrar a hóstia.
Homem consagrado que vive recluso em monastérios e mosteiros, dedicados completamente a orações e penitências.
Um monge também pode se tornar padre, porém suas ações sempre estarão voltadas para a sua congregação. Por isso mesmo, um monge não se torna líder espiritual de uma comunidade como um padre, já que sua vida e serviço são oferecidas à ordem.
Assim como no caso dos monges e dos frades, a freira é uma mulher que renuncia ao casamento, à vida matrimonial e à construção de uma família para se dedicar exclusivamente a Deus, viver em uma comunidade, como um convento.
Diferentemente dos padres, as freiras não podem ser ordenadas para qualquer ministério, porém é sua missão promover a oração e várias outras funções de acordo com suas próprias congregações religiosas.
Para a Igreja Católica, aqueles denominados “religiosos” são os leigos ou clérigos, que decidem se dedicar à vida consagrada e até mesmo à vida contemplativa, como no caso dos monges e frades.
Vale ressaltar que religiosos leigos são fiéis que receberam o batismo. Clérigos são aqueles que receberam o batismo e o Sacramento da Ordem.
Com esse pequeno manual explicativo, fica mais fácil compreender para auxiliar na hora de se referir a eles.
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