Ela aparece com três rosas no peito, veste túnica branca com capuz e um Terço nas mãos. É um dos títulos mais delicados e, ao mesmo tempo, mais marcantes de Nossa Senhora: Rosa Mística. A devoção, que surgiu na Itália em meados do século XX, foi por muitos anos considerada privada. Mas recentemente, o Vaticano deu um sinal importante: reconheceu sua prática pública e espiritualidade como plenamente válidas para os fiéis.
A invocação “Rosa Mística” já fazia parte da Ladainha Lauretana, muito antes das aparições modernas. O termo remete à delicadeza, beleza e perfume espiritual da Virgem Maria, que floresce como uma rosa no jardim de Deus.
O título ganhou nova força a partir das aparições a Pierina Gilli, enfermeira italiana, em 1947, na cidade de Montichiari, norte da Itália. Nelas, Nossa Senhora apareceu pedindo oração, sacrifício e penitência — e foi justamente isso que simbolizou com as três rosas no peito: uma branca, uma vermelha e uma dourada.
Juntas, são um chamado à conversão do coração. Em suas mensagens, a Virgem também pedia orações especialmente pelos consagrados da Igreja: padres, religiosas e seminaristas.
Durante uma das aparições, em 1966, Maria teria indicado a Pierina uma nascente de água em Fontanelle, localidade próxima a Montichiari, local o qual chamou de “Fonte de Graça” e pediu que os fiéis lavassem os pés como sinal de humildade e cura interior.
Hoje, o local é um santuário aberto, com um estilo que lembra um anfiteatro natural, cercado pela paisagem simples do campo italiano, que atrai peregrinos de todo o mundo.
Em julho de 2024, o Dicastério para a Doutrina da Fé, presidido pelo Cardeal Víctor Manuel Fernández, concedeu “nulla osta” à prática pública da devoção Nossa Senhora da Rosa Mística. O documento, aprovado por Papa Francisco, afirmou não haver nenhum aspecto teológico negativo nas mensagens transmitidas.
Poucos meses depois, em abril de 2025, uma imagem oficial da Rosa Mística foi abençoada e instalada nos Jardins do Vaticano. A estátua foi colocada próxima à Fonte do Sacramento.
Em 2019, a Diocese de Brescia oficializou o local das aparições como o “Santuário Diocesano Rosa Mística, Mãe da Igreja”, com aprovação litúrgica do bispo local.
A túnica branca e o capuz de Maria na imagem da Rosa Mística representam pureza e recolhimento. O branco sinaliza a santidade e a humildade de Maria. Já o capuz cobre suavemente sua cabeça como uma mãe em oração. O Terço lembra o pedido de oração do Rosário diário.
O Dicastério para a Doutrina da Fé trouxe também importantes orientações sobre a devoção a Nossa Senhora da Rosa Mística. Entre os pontos que devem ser considerados, destacam-se:
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.