Sagrada Família de Nazaré, inspiração de todos os dias

Em 30 de dezembro, celebramos o Dia da Sagrada Família, que tanto nos inspira com virtudes de simplicidade, humildade, compreensão e, especialmente, fé e fidelidade à vontade de Deus. A Liturgia dessa festa é carregada de elementos e reflexões importantes para praticarmos em nossa vida familiar.

Na primeira leitura, o Livro do Eclesiástico apresenta atitudes que os filhos devem ter para com os pais, referindo-se, de forma direta, ao cumprimento do quarto mandamento da Lei de Deus: Honrar pai e mãe.

“Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido.” (cf. Eclo 3,1-16)

A segunda leitura, da Carta de São Paulo aos Colossenses evidencia o amor, que deve ser concretizado nos relacionamentos, mas de forma especial, com os que convivem conosco no espaço familiar.

“Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente. Amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.” (cf. Cl 3,12-21)

E para nos iluminar ainda mais, o Evangelho de Lucas mostra a cena da família de Nazaré que vive e consagra suas vidas na confiança no Senhor. Nesta passagem, a preocupação e o cuidado de Maria e José com o Menino Jesus são inteiramente humanos, a ponto de não compreenderem os sinais de Deus.

“Jesus estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: ‘Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura’. Jesus respondeu: ‘Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?’. Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente.” (cf. Lc 2,41-52)