A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi propagada, inicialmente, por dois nomes: Santa Margarida Maria Alacoque e seu confessor, São Cláudio La Colombière. O jesuíta francês foi quem reconheceu e apoiou as visões místicas de Santa Margarida.
São Cláudio La Colombière nasceu em 2 de fevereiro de 1641, em Saint-Symphorien-d’Ozon, na França. Ingressou na Companhia de Jesus aos 17 anos e foi ordenado Sacerdote em 1675. Com uma vida dedicada à oração, estudo e pregação, destacou-se por seu discernimento espiritual e zelo missionário.
Foi em 1675 que sua história encontrou a de Santa Margarida Maria Alacoque, uma religiosa da Ordem da Visitação de Santa Maria em Paray-le-Monial. Ela tinha visões místicas do Sagrado Coração de Jesus desde 1673, mas suas revelações eram recebidas com ceticismo e até zombaria por algumas de suas companheiras. Foi São Cláudio, então designado como seu diretor espiritual, que reconheceu nela o carisma dos santos e validou suas experiências místicas.
A confiança de São Cláudio em Santa Margarida foi essencial. Ele pediu que ela escrevesse suas visões e experiências. Isso gerou a autobiografia que documenta detalhadamente suas revelações e se tornou uma fonte para a Igreja e para a disseminação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. A partir de suas homilias e escritos, São Cláudio promoveu a devoção, que mostra o amor infinito de Jesus por todos os seres humanos e a necessidade de responder a esse amor com dedicação e reparação.
A colaboração espiritual entre São Cláudio e Santa Margarida Maria foi marcada por um profundo respeito. Ele mesmo escreveu sobre sua experiência com a devoção, que descreveu como um “grande dom de Deus” e incentivou outros a abraçarem essa prática.
São Cláudio La Colombière foi beatificado em 1929 e canonizado em 1992 pelo Papa João Paulo II, que o reconheceu como um modelo de fé e discernimento espiritual. Sua festa é celebrada no dia 15 de fevereiro. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que lembra o amor misericordioso de Cristo, continua a inspirar milhões de fiéis.
Mesmo após a morte de São Cláudio, a sua influência sobre a devoção permaneceu forte. Sua própria autobiografia e cartas são importantes documentos que ajudaram a consolidar e a espalhar a prática devocional. As visões de Santa Margarida e o apoio de São Cláudio levaram à instituição da festa do Sagrado Coração de Jesus, celebrada na sexta-feira seguinte à oitava de Corpus Christi.
A história dos dois é um testemunho da importância do discernimento espiritual e da coragem de seguir as inspirações divinas, mesmo diante de ceticismo e oposição.
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