O que você faz em seu dia a dia que lhe deixa feliz? Uma reunião familiar? Uma leitura contagiante? Curtir um dia de folga?
Inúmeras experiências nos fazem felizes, mas algumas fazem a diferença. O sentido de nossa vida é explicado por esses momentos felizes e, conforme explicado no Evangelho de Mateus (6,21), é no lugar onde damos sentido à nossa vida que está o nosso tesouro – e nosso coração.
Um santo que levou essa passagem como missão foi São Filipe Neri. Você conhece a história dele?
Em 1515, Filipe Neri nasceu na Itália. Vindo de família rica, não abdicou de sua fortuna para servir a Deus, como fez São Francisco de Assis, por exemplo. O jovem rico se converteu ao cristianismo a partir do contato com monges beneditinos da região de Roma, onde vivia.
Enquanto trabalhava com a caridade e vivenciava as experiências divinas, deixou claro que o paraíso era onde estava seu tesouro e, portanto, o lugar onde o sentido de sua vida existia. O Reino de Deus era, para ele, o lugar da verdadeira alegria.
Para chegar a esse lugar, Filipe praticava o bem com grande alegria e bom humor, características que o definem até os dias de hoje.
Filipe, ainda jovem, trabalhava no comércio da família. Pouco a pouco, sua história de fé começou, com várias experiências espirituais.
Antes de ser Sacerdote, por exemplo, apesar de já fazer seu apostolado com os peregrinos pobres que visitavam o Papa, ele costumava ajudar os mais necessitados. Fazia isso com a tradição da visita às sete igrejas, que acontece até os dias atuais.
Por ser caridoso e ajudar no trabalho de evangelização durante esse período, sempre com o sorriso no rosto, ficou conhecido como o “Apóstolo de Roma”.
Já ordenado, fundou a Sociedade de Vida Apostólica (Oratório). Ela era destinada para os clérigos seculares que trabalham com a educação religiosa com a juventude e em obras de caridade.
Em uma de suas experiências de fé, Filipe contou que em uma das catacumbas de São Sebastião o Espírito Santo habitou em forma especial, como uma bola brilhante intensa, que lembrava o fogo. Em seu leito de morte, narrou ainda um encontro com Nossa Senhora.
São Filipe morreu em 1595 com 80 anos. Foi beatificado pouco tempo depois, em 1614, pelo Papa Paulo V. A canonização aconteceu em março de 1622, já pelo Papa Gregório XV.
O Papa Francisco, em 2021, ao celebrar São Filipe, disse da importância da alegria na evangelização e quanto o Santo deveria inspirar os fiéis.
“Seu sorriso o transformou em um ‘apaixonado anunciador da Palavra de Deus’. Este foi o seu segredo, que fez dele um ‘trabalhador entre as almas’. Apaixonado pela oração íntima e solitária, no Oratório, ele ensinava a rezar em comunhão fraterna”.
Além disso, Francisco também falou sobre a evangelização de jovens e a necessidade do ensino religioso. “Ele ensina-nos que a Eucaristia celebrada, adorada e vivida é a fonte da qual haurir para falar ao coração dos homens. De fato, ‘com Jesus Cristo a alegria sempre nasce e renasce’. Esta alegria, característica do espírito oratoriano, seja sempre o clima de fundo das vossas comunidades e do vosso apostolado”.
Ó glorioso São Filipe,
vós que fostes tão favorecido de Deus
em ajudar e consolar os vossos filhos espirituais
na hora da sua morte,
sede-me advogado e pai,
quando me achar naquele tremendo passo.
Impetrai-me a graça,
para que naquela hora
o Demônio não me vença,
que a tentação não me oprima
e que o temor não me desanime.
Fortalecido de viva fé,
firme esperança e ardente caridade,
sustentai-me com perseverança
naquele último combate, de modo que,
cheio de confiança na misericórdia de Deus,
nos merecimentos de Jesus Cristo
e na proteção de Maria Santíssima,
seja feito digno de morrer a morte dos justos
e de alcançar a bem-aventurada pátria do paraíso
para ver e louvar a Deus convosco
e com todos os santos do céu.
Amém!
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