São José Cafasso: o que o “Santo da forca” tem a ensinar

São José Cafasso: o que o “Santo da forca” tem a ensinar

São José Cafasso é conhecido popularmente como o “Santo da Forca”. O título chama atenção e por trás dele há uma lição sobre humanidade e perdão. O nome tem origem no seu trabalho dedicado aos condenados à morte nas prisões de Turim, onde se tornou símbolo de misericórdia e consolo.

Nascido em 15 de janeiro de 1811, em Castelnuovo d’Asti, Itália, Cafasso foi contemporâneo e amigo próximo de São João Bosco, com quem compartilhou ideais e missões. Formado em Teologia e ordenado Sacerdote em 1833, dedicou sua vida à formação de outros sacerdotes e ao atendimento espiritual de prisioneiros.

A amizade com São João Bosco traz exemplos sobre uma boa parceria pela evangelização: Dom Bosco se dedicava à juventude e Cafasso concentrava seus esforços na reforma e no conforto espiritual dos prisioneiros, muitos dos quais estavam no corredor da morte. Ele acreditava firmemente na importância da última chance de redenção e foi um confessor consolador para aqueles prestes a serem executados.

Nas prisões de Turim, principalmente no complexo “Le Nuove”, sua vida foi de uma entrega muitas vezes difícil de imaginar. Passava longas horas com os prisioneiros, oferecia consolo espiritual e assistência material. Essa presença transformou as últimas horas de muitos condenados, que viam nele um amigo e um guia espiritual. Por isso, ser chamado de “Santo da Forca” diz tanto sobre a sua presença constante nas execuções quanto à sua habilidade em levar conforto e paz a quem enfrentava a morte. São José Cafasso é hoje o Padroeiro dos Presos.

Essa presença passava das prisões às salas de aula. São José Cafasso foi um professor dedicado de Teologia moral e diretor espiritual. Ele ensinou no Colégio Eclesiástico de São Francisco de Assis, em Turim, onde formou muitos sacerdotes que seguiram seu exemplo de santidade e compromisso pastoral. Sua metodologia educativa e espiritual influenciou gerações de clérigos.

Em reconhecimento por seus trabalhos sociais e de ensino, bem como pela doçura e serenidade que sabia transmitir às pessoas, foi convidado a ser um representante na Câmara do Reino. Porém, optou por permanecer como um sacerdote e não se tornar um deputado.

No livro “Um santo para cada dia”, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini, é descrito como reflexivo, manso, estudioso, que gostava de dedicar várias horas à meditação diante do Santíssimo Sacramento. O oposto de seu ex-aluno São João Bosco. Mesmo assim, Cafasso sempre apoiou o amigo, inclusive financeiramente. De acordo com os autores de sua biografia, antes de morrer, deixou o pouco que tinha para as obras de São João Bosco.

São José Cafasso faleceu em 23 de junho de 1860 e foi canonizado em 1947 pelo Papa Pio XII. Hoje, ele é lembrado como um dos “Santos Sociais de Turim”, um grupo que se destacou por suas obras sociais e espirituais na cidade durante o século XIX.

Até nos momentos mais tristes e sombrios, e mesmo por aqueles de quem muita gente já desistiu, a compaixão e a misericórdia de Cafasso resistiam.

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