A infância é um período de desenvolvimento pleno e, por isso, as crianças estão em constante evolução. Quem nunca ficou um período curto de tempo sem ver a sobrinha, um primo ou afilhado e, quando o reencontrou, ficou surpreso com seu crescimento e avanços? É rápido demais, não é? Isso acontece porque essa é uma fase de muitas transformações. A primeira infância – período que vai da concepção até os seis anos de idade – é considerada uma janela de oportunidades essencial para a saúde, aprendizado, desenvolvimento e bem-estar social e emocional das crianças.
Está comprovado cientificamente por diversos estudos que as primeiras experiências vividas na infância, as intervenções e serviços de qualidade ofertados nesse período estabelecem a base do seu desenvolvimento. Sendo assim, tudo aquilo que é vivido nos primeiros anos de vida é fundamental para o desenvolvimento integral de meninas e meninos.
Por isso, é indispensável que a criança cresça em um ambiente saudável, cercada de afeto e liberdade para aproveitar essa fase da vida e, ainda, que tenha seu crescimento e desenvolvimento acompanhados regularmente por profissionais da saúde.
Conforme a pediatra infectologista Raquel Caleffi, há uma série de exames de rotina na pediatria que os pais ou responsáveis devem ficar atentos ao cumprimento.
“A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que com 1 ano de idade os pequenos devem fazer a primeira coleta de sangue, para checar indícios de anemia e estoque de ferro. Se necessário, também podem ser solicitados outros exames conforme encontrados na história clínica, desenvolvimento da criança e no exame físico”, detalhou.
Para crianças com 12 meses, sem fatores de risco e com bom crescimento e desenvolvimento, há uma série de outros exames considerados mínimos, segundo a médica. São eles: hemograma, ferritina, vitamina D – 25OH, parcial de urina e fezes, sendo que este último não se recomenda fora de áreas endêmicas.
Se a criança estiver saudável, ou seja, sem enfermidades mais sérias, além do acompanhamento pediátrico, é recomendado também a consulta com outros profissionais. Raquel comenta que com um odontopediatra deve ser a partir de 18 meses; consulta com um oftalmopediatra, a partir de 3 anos; colesterol, triglicerídios e outros exames para avaliação de dislipidemia aos 10 anos; e glicose, triagem com 10 anos ou antes se existir fatores de risco e história familiar.
“Crianças com fatores de risco associados a alterações em crescimento e desenvolvimento devem ser encaminhadas ao ambulatório de pediatra para avaliação de necessidade de mais exames de investigação”, alerta a profissional.
Atualmente, pelo menos 18 imunizantes são considerados obrigatórios para crianças no Brasil. A vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias é estabelecida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e é um direito garantido.
Com casos atuais de baixa procura e adesão pelas vacinas na infância, alguns mecanismos públicos condicionam a imunização para garantir acesso a benefícios. Entre eles está a adesão a programas sociais e, em alguns estados do país, a matrícula de alunos com até 18 anos em escolas públicas e privadas do Ensino básico é condicionada à apresentação da carteira de vacinação.
Tem dúvida sobre para que serve cada vacina da caderneta? A seguir está a lista organizada pela Unicef, com base em informações oficiais do Ministério da Saúde. Nela estão todas as vacinas previstas no Programa Nacional de Imunizações (PNI) e as doenças que elas previnem.
É importante destacar que 100% delas são gratuitas e estão disponíveis em postos de saúde por meio do SUS. Se você tem criança em casa ou na família, já salva e compartilha essa lista para garantir o direito de acesso à saúde para seu pequeno ou pequeno.
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