Abrimos uma enquete no Instagram do IDe+ que perguntava: você já foi coroinha? Mais de 80% das pessoas responderam que não, mas embora fossem minoria, os depoimentos dos ex-coroinhas ganharam destaque.
Hoje, 15 de agosto, é o Dia do Coroinha. Que tal conhecer mais sobre essa função tão especial?
No dicionário, o significado da palavra coroinha é: a pessoa que auxilia o Padre durante a Missa. Na prática, é um ato de devoção, aprendizado e muita inspiração.
Ao praticar uma atividade tão importante, a criança passa a ter um contato mais próximo com as palavras de Deus. Isso porque está servindo a comunidade durante um momento único, que é a celebração da Santa Missa.
Lucas Fernando Duarte respondeu nossa caixinha de perguntas da seguinte maneira:
“Foi um tempo muito importante para mim, estar tão próximo do altar e ver Jesus todos os dias ali”.
Ser coroinha é, como disse Lucas, também servir a Deus, participar do Mistério Pascal de Cristo, além de viver a sua fé e o Evangelho unicamente, principalmente porque está junto ao altar.
“Cada novo encontro eu me apaixonava por essa missão, por esse grupo, pelas formações e por todo esse mistério que é a celebração da Santa Missa. Até que depois de todo o acompanhamento com o grupo comecei a servir o altar, com uma mistura de frio na barriga e muita alegria que tomava conta”, completou Lucas.
Ser coroinha é auxiliar o Padre durante às celebrações. Foto: Felipe Gusso
Se engana quem pensa que a função de coroinha pode ser exercida apenas por meninos. Foi o Papa João Paulo II, em Instrução Redemptionis Sacramentum, que autorizou crianças e adolescentes meninas a servirem como coroinhas.
A nossa seguidora Carol Rogalski conta que ela foi coroinha na Matriz São José de Mafra, que é a mesma igreja que frequenta nos dias atuais, reforçando que o compromisso com a fé pode ser com qualquer pessoa.
“Foi muito bom poder ajudar o padre e aprender mais sobre Jesus”, disse.
Essa dedicação e amor também foram compartilhados por Larissa Nicolosi:
“Foi lindo! Aprendi muito sobre a Palavra de Deus e sentia que servia plenamente a Igreja e a Deus”.
Geralmente, a funçãoé exercida pelas crianças e adolescentes que estão se preparando para a Primeira Comunhão ou Crisma. Em algumas paróquias, no entanto, qualquer jovem que tenha interesse também pode participar. Para isso, basta conversar na Secretaria Paroquial para ter mais informações.
Quando as crianças participam da celebração, as famílias vão juntas presenciar a dedicação dos filhos. Por isso, ser coroinha também é aproximar toda a família da comunidade e da Igreja.
“Vivo essa vida de comunidade na Igreja desde que me conheço, sempre participei com meus pais, já muito cedo de novenas, terços que acontecem nas casas e demais momentos de oração. Quando comecei a fazer a catequese, recebi o convite para participar do grupo dos coroinhas e acólitos e ali fui fazer essa experiência de estar mais próximo de Jesus na Eucaristia”, disse Lucas, explicando que tinha 11 anos nesse período.
Ele, que já tinha uma família ativa na Igreja, completou a compreensão sobre a fé e a Igreja ao ser coroinha. “A cada final de semana eu fui vivenciando essa vocação e comecei a ficar mais próximo da fé e de Jesus, além de entender que quando estava como coroinha no altar não era apenas ajudar o padre, transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe fui designado”.
Além disso, ser coroinha também aproxima os jovens da Igreja, podendo despertar a vocação sacerdotal. Há muitos padres e freiras que relatam que exercendo a função de coroinhas despertaram ainda mais o interesse na Igreja e na Palavra de Deus.
Sobre isso, o Papa João Paulo II reforçou a importância de cuidar dos coroinhas. No texto para formação de coroinhas e acólitos, São João Paulo II disse:
“Recorrendo à cooperação de famílias mais sensíveis e dos catequistas segui, com solícita atenção, o grupo dos acólitos para que, através do serviço do altar, cada um deles aprenda a amar cada vez mais o Senhor Jesus, reconheça-O realmente presente na Eucaristia e saboreie a beleza da liturgia”.
O Papa João Paulo II reafirmou a importância dos coroinhas ao dizer: “cuidai especialmente dos coroinhas, que são como um “viveiro” de vocações sacerdotais”. Foto: Felipe Gusso
O dia 15 de agosto foi escolhido como Dia do Coroinha em uma homenagem a São Tarcísio. O jovem mártir romano morreu levando a Eucaristia para cristãos que estavam presos. Na época, Tarcísio tinha cerca de 12 anos, e embora fosse uma tarefa perigosa, o garoto sentia-se forte ao exercer a função.
Para levar a hóstia aos presos, carregava uma caixinha de prata com a Eucaristia. No caminho, alguns garotos o encontraram e suspeitaram sobre o que havia na caixa. Por não contar e não entregar para eles o que carregava, Tarcísio foi preso, torturado e apedrejado, morrendo na sequência.
Sendo assim, São Tarcísio é considerado o padroeiro dos coroinhas porque foi o protetor da Eucaristia mesmo com a pouca idade, tal como fazem os coroinhas durante as celebrações.
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