Já parou para pensar quantas vezes você sorri durante um dia? Será que todas as vezes que sorrimos estamos felizes? Podemos avaliar se nosso dia foi bom a partir de quantas vezes fizemos isso naquele dia? O sorriso nos diz muitas coisas e, ao contrário do que podemos imaginar rapidamente, ele não fala apenas sobre felicidade.
Em outro conteúdo tratamos da importância de chorar e expressar nossas emoções através de lágrimas. Sorrir, assim como chorar, tem grande poder e importância, embora se apresente em um contexto diferente. Mas, como isso ocorre?
Quem explica é a psicóloga Jaqueline Bucholdz Dimbarre. De acordo com a profissional, “o sorriso é um fenômeno natural do ser humano, que revela e comunica o estado emocional da pessoa. É um comportamento que facilita a vinculação física e psicológica entre as pessoas, assumindo-se como um instrumento determinante nas relações sociais”.
Isso quer dizer que, embora o sorriso seja uma expressão silenciosa, tem forte poder de comunicação porque nos permite estabelecer vínculos e enviar mensagens ao nosso ambiente.
“Um sorriso, bem como as expressões faciais, provaram ser essenciais para contextualizar e codificar mensagens entre as pessoas. Quando não conseguimos sorrir, falhamos na comunicação, ficamos isolados e adoecemos psicológica e fisiologicamente”, detalhou Jaqueline.
Esse adoecimento causado pela ausência do sorriso se dá porque, quando sorrimos, muito mais do que reagir fisicamente, nosso corpo absorve o sorriso internamente, com resultados muito positivos.
“Sorrir é uma forma de emoção e pode ser definida como uma condição complexa e momentânea que surge em experiência de caráter afetivo, provocando alterações em várias áreas do funcionamento psicológico e fisiológico, que prepara o indivíduo para a ação. Estudos mostram que sorrir estimula o sistema de recompensa do cérebro, melhorando nossa qualidade de vida, aumentando a autoestima, bem-estar”, enfatizou a psicóloga.
Mas se engana quem pensa que por sorrir fazer bem, consequentemente, sempre que estamos sorrindo estamos bem. Na verdade, uma coisa não quer dizer, necessariamente, a outra. Como detalhado pela profissional, o sorriso tem muita complexidade e fugacidade, ou seja, pode ser compartilhado até mesmo, em momentos difíceis, do ponto de vista emocional.
“Não devemos interpretá-lo como uma manifestação constante de alegria porque ele pode aparecer na dor, no egoísmo, no terror e, até mesmo, no desespero”, esclareceu.
Com certeza, você já ouviu por aí a expressão “rindo de nervoso”. Sabendo que sorrir e rir podem ser consideradas emoções sinônimas que se diferem pela intensidade e pelo som, podemos compreender que, por vezes, utilizamos essa expressão alegre para manifestar sentimentos opostos como nervosismo, tensão ou apenas o desejo de cumprir o papel social em determinada situação.
Dessa forma, podemos classificar o riso de duas formas:
Do mesmo modo que é importante sorrir, é indispensável ter sinceridade com nossas emoções e sensações. Por isso, mesmo sabendo que sorrir faz bem, não devemos nos forçar a ter essa ação sempre. Isso pode sufocar os sentimentos reais que temos naquela situação ou momento.
Devemos pedir maturidade para compreender todos os sentimentos que temos, assim como sabedoria e discernimento para enfrentar momentos difíceis, lembrando-nos sempre da riqueza que é sorrir com a alma e que esse é o sorriso que nos traz felicidade.
Com suas palavras de fé, Papa Francisco lembra que “o sorriso é sempre uma ponte, mas é a ponte dos que têm a grandeza de espírito, porque vai de um coração para outro”.
O sorriso amarelo não é dono da mensagem que, como cristãos, queremos compartilhar com o próximo. Vossa Santidade, compreendendo o sorriso como espontaneidade da fé, nos estimula.
“Não esqueçam de sorrir! Um sorriso é contagioso e a paz que semeia não deixa nunca de dar frutos”. Esse é o sorriso que faz bem e que devemos nos permitir sentir.
Deixe seu comentário sobre o que você achou do conteúdo.
Assine nossa newsletter, receba nossos conteúdos e fique por dentro
de todas as novidades.