Transtornos alimentares: como identificar e tratar?

Transtornos alimentares: como identificar e tratar?

A Associação Brasileira de Psiquiatria (SBP) aponta que atualmente mais de 70 milhões de pessoas sofrem com transtornos alimentares em todo o mundo. Esses transtornos estão relacionados às alterações persistentes nas refeições ou a comportamentos e hábitos alimentares. Entre os mais conhecidos estão a anorexia, bulimia, compulsão alimentar, etc. 

Os transtornos podem acometer desde crianças até idosos. No entanto, distúrbios como a anorexia são mais comuns entre os jovens e a bulimia nos adultos. Com um número tão alto de pessoas vivendo com essas condições  que podem levar à morte, é fundamental compreender como identificar, tratar e auxiliar pacientes. 

 

O que significa cada transtorno?

O primeiro passo para compreender os transtornos é saber identificá-los. Por isso, a Sociedade Brasileira de Psiquiatria aponta as diferenças entre eles. 

A anorexia nervosa acontece quando a pessoa restringe a alimentação. Ela começa, geralmente, com uma dieta, mas a limitação na ingestão de alimentos vai se intensificando até a pessoa perder muito peso. É comum, nesses casos, o longo jejum.

Já a bulimia é aquela quando a pessoa ingere a comida (normalmente em grandes quantidades e em pouco tempo) e, logo depois, utiliza métodos compensatórios para não engordar. Ou seja, laxantes, diuréticos ou induz o vômito depois de comer.  

Os médicos Evelyn Attia e Timothy Walsh, ambos da Universidade da Columbia, nos Estados Unidos, apontaram em pesquisa científica que diferentemente dos dois casos, o transtorno de compulsão alimentar afeta mais os homens, tendo como característica similar a bulimia (com os métodos compensatórios), mas que é episódica (acontece sem a constância).

 

Como identificar

A principal forma de identificar é percebendo a olho nu as condições das pessoas próximas a você. A perda de peso excessiva é a principal característica. No entanto, conforme explicam os pesquisadores, há outras formas de perceber o transtorno. 

“Depressão leve a moderada e preocupação com a forma e peso corporal, ou ambos, são mais comuns em pessoas obesas com transtorno de compulsão alimentar do que em pessoas com peso similar sem compulsão alimentar”, afirmam os médicos pesquisadores. 

 

 

Outras formas de ver se alguém pode estar sofrendo de algum transtorno alimentar são:

  • Comer rápido demais;
  • Passar a comer quando não está com fome;
  • Continuar comendo mesmo depois de saciado ou de ter ingerido grandes quantidades de alimentos;
  • Comer escondido ou sozinho;
  • Ficar introvertido;
  • Problemas afetivos ou vício em jogos;
  • Tristeza depois da alimentação. 

 

Quais os riscos dos transtornos alimentares?

Na pesquisa da Universidade de Columbia, os médicos perceberam que as pessoas obesas são as que mais têm chances de desenvolver transtornos alimentares. Isso acontece porque estão diretamente relacionados com a imagem do indivíduo. Dessa forma, o medo de ganhar peso e ver o corpo mudando acaba gerando um gatilho emocional. 

Quando esse gatilho é acionado, dificilmente esse indivíduo consegue se controlar. Contudo, a evolução do transtorno, que pode acontecer de modo lento ou acelerado, traz consequências severas ao corpo humano. 

Pessoas que têm transtornos alimentares podem desenvolver outras doenças, como a própria obesidade, cálculo renal, diabetes, gastrite, infertilidade, insuficiência cardíaca, depressão e outros transtornos psicológicos. 

 

Como tratar?

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente tratamento para pessoas com distúrbios alimentares. Elas são atendidas na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Mas o primeiro passo é procurar ajuda na atenção primária. 

Em casos da rede particular de saúde, o ideal é procurar profissionais da psicologia ou da psiquiatria, além do médico que poderá encaminhar para tratamentos relacionados às consequências de tais transtornos. Em alguns casos, o uso de medicamentos é necessário, em outros, é apenas recomendada a participação em canais e grupos de apoio. 

 

Como a família pode ajudar?

Os transtornos alimentares precisam ser vistos, segundo a Associação Brasileira de Transtornos Alimentares (Astral), como um problema de saúde. Por isso, a família deve procurar ajuda assim que perceber os primeiros sinais referentes aos transtornos. 

Quanto mais ajuda o paciente receber, melhor será o tratamento. “Um alerta importante a todos profissionais, educadores e pais, é de que todas as ações, em qualquer nível, local, e grupo devem ter foco em mudanças de comportamento que promovam uma melhor relação com comida e corpo”, destaca a Associação. 

 

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