Na minha coluna anterior, falamos sobre dois momentos importantes para praticar o silêncio. No texto de hoje, abordarei um pouco mais sobre o tema, trazendo três benefícios de cultivar o silêncio e vencer, com ele, os maus pensamentos:
Cultive o silêncio quando você estiver atravessando um momento difícil. Cultive o silêncio quando a sua mente estiver confusa. Cultive o silêncio quando você não souber o que fazer. Você verá que, após um momento edificante de silêncio, as suas ideias, as suas respostas e as suas decisões serão mais sábias.
Somente o silêncio gera ordem em nós. Ao conversar com uma pessoa que está nervosa, agitada e que não sabe o que fazer, diga a ela: “Não sabe o que fazer? Então, não faça nada. Fique em silêncio”.
A resposta pode parecer óbvia e até superficial, mas tem profundidade e espiritualidade. Nem sempre os conselhos sábios salvam alguém, razão pela qual sugerir a serenidade do silêncio pode ser a melhor solução. Quando não tivermos conselhos para oferecer para alguém, podemos sugerir o silêncio como principal remédio. Sabe-se que o silêncio faz bem às pessoas. As pessoas recuperam a lucidez e a ordem interna após ficarem em silêncio.
“Após um momento edificante de silêncio, as suas ideias, as suas respostas e as suas decisões serão mais sábias”.
O silêncio até salva vidas. Se uma pessoa atormentada por pensamentos depressivos e suicidas ficasse em silêncio ao invés de agir precipitadamente, ela poderia recuperar a sua ordem interna e ser abraçada pela vida.
Diante de pensamentos barulhentos, a nossa melhor resposta é o silêncio. Não podemos agir de forma precipitada. O silêncio afasta os tormentos da mente e também cala as tentações de Satanás. É a maior defesa de Deus e o maior escudo da nossa saúde mental e espiritual.
O bom cristão deveria cultivar o hábito de respirar fundo e mentalizar uma oração antes de expressar as suas reações. A virtude do silêncio gera a virtude da prudência e evita uma multidão de pecados.
Não se trata de ser uma pessoa passiva e sem atitude, mas de ser uma pessoa prudente e sábia que toma as melhores atitudes na hora certa e do jeito mais ordenado. Não somos obrigados a dar respostas imediatas a tudo. O silêncio promove a ordem dentro de nós. Respostas imediatistas, por vezes, saem desordenadas.
“Diante de pensamentos barulhentos, a nossa melhor resposta é o silêncio”.
O silêncio domina a paixão humana. Na Bíblia, o ser humano é alertado sobre os perigos do descontrole das paixões (Eclesiástico 6,2): “Não te eleves como um touro nos pensamentos de teu coração, para não suceder que a tua loucura quebre a tua força”.
O silêncio é libertador e traz tranquilidade quando purifica o nosso interior. O filósofo Kierkegaard uma vez disse que existe uma espécie de banho na alma: o banho da alma no silêncio. No silêncio, limpo as sujeiras da minha mente, dos meus pecados e das minhas emoções para mergulhar na serenidade de Deus.
Da mesma forma que tomamos banho para limpar o corpo físico todos os dias, deveríamos ter momentos silenciosos todos os dias para limpar a nossa alma e a nossa mente.
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