O matrimônio não é apenas uma escolha afetiva entre duas pessoas, mas um verdadeiro chamado do Senhor. Como lembra o Catecismo da Igreja Católica, “é uma vocação, instituída pelo próprio Deus” (CIC 1603).
Trata-se de um sacramento que une o amor humano à graça divina e faz com que os esposos sejam sinal visível do amor de Cristo pela Igreja. Por isso, a vocação matrimonial é tão importante para a vida da comunidade e da sociedade.
Casar é escolher viver o amor como caminho de santificação. “Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2, 24). A vocação matrimonial é um projeto de vida que busca expressar o amor, o cuidado, a entrega e a geração.
Como lembrou Papa Francisco na exortação Amoris Laetitia, a Igreja deve ter um olhar especial ao acompanhamento dos noivos. “A complexa realidade social e os desafios que a família é chamada a enfrentar atualmente exigem um maior empenho de toda a comunidade cristã na preparação dos noivos” (AL, 206).
Portanto, a catequese matrimonial é essencial e não deve ser vista como mera obrigação ou um “curso de noivos”, mas como um período fundamental de discernimento, escuta, formação doutrinária e amadurecimento humano e espiritual.
Romoaldo Bortolan se apresenta sempre como católico, esposo e pai, devido ao seu orgulho e alegria por ter seguido a vocação matrimonial. Ele também é cerimonialista especializado em casamentos católicos e reforça a importância da catequese especial.
Para ele, muitos noivos ainda não entendem a importância dessa preparação. “Infelizmente, há aqueles que correm atrás de um mero papel (certificado) ao invés de se preocuparem realmente com seu conhecimento e com o futuro familiar e religioso”.
É preciso reforçar que a vocação matrimonial é uma missão de amor recíproco. “Quando o casal busca a união pelo Matrimônio, deve ter a consciência de que o esposo fará de tudo para que a sua esposa seja feliz. Da mesma forma, a esposa fará de tudo para que o seu esposo seja feliz. Um buscará a felicidade do outro e, consequentemente, ambos serão felizes”.
A vocação à vida matrimonial exige discernimento. Como ensina a Igreja, nem todas as pessoas são chamadas ao casamento. Algumas são vocacionadas à vida religiosa, consagrada ou mesmo ao celibato. Contudo, para aqueles que se sentem chamados ao matrimônio, alguns sinais ajudam a identificar esse caminho:
A família é chamada a ser “a Igreja Doméstica”, como recorda o Concílio Vaticano II. E como diz São João Paulo II: “A família é um celeiro de vocações, fonte inestimável de amor e santidade”.
Durante o Mês Vocacional, paróquias podem promover atividades como:
No Mês Vocacional, que os casais e a comunidade reflitam sobre a grandeza desta vocação. Amar, servir, educar e crescer juntos é uma forma concreta de buscar a santidade.
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Conteúdo adaptado do Jornal do Evangelizador – Ano XVIII – n° 215 – agosto/2025
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