Por Talita Rodrigues
Hoje, uma paciente me perguntou: “como é que eu faço para entender esse vazio que não acaba?”
Pois bem. Pensei muito antes de respondê-la. Eu queria mesmo, de todo o coração, ter uma resposta que acalentasse o seu coração. Mas a questão é que vazio não se entende. Vazio se vive. Por mais que eu quisesse – e eu gostaria muito – ter uma explicação lógica ou teórica sobre o vazio que ela estava sentindo naquele momento, eu não pude respondê-la.
Comparo aqui o vazio com a chamada “Noite escura da alma”, que Santa Faustina viveu e relatou em seu diário. Deus permite desertos e noites escuras em nossas vidas. E geralmente, na atualidade, chamamos isso de vazio. As pessoas vivem um vazio sem nome, sem cor, sem motivo. E a única coisa que ele traz é dor e questionamentos como este.
Viver um vazio ou uma noite escura da alma – como queira chamar – exige coragem. Porque, sim, só quem já passou por isso e ainda passa, é capaz de tentar mensurar e entender a dor, os tons de cinza que a vida reflete e a falta de sentido que habita dentro do coração.
Apesar de tudo isso, de tudo que o vazio pode representar, eu arrisco dizer aqui: primeiramente, eu compreendo o quão difícil é viver com este vazio ou passar por noites escuras da alma. Contudo, este vazio só vai terminar quando você estiver disposto a encará-lo, vivê-lo e deixar que ele fale por meio do silêncio ensurdecedor da alma que ele causa.
Vazios não duram para sempre. Noites escuras da alma também não. Seja corajoso(a)! E lembre-se: para tudo, um propósito, para tudo, as mãos de Deus sobre você.
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