A exortação apostólica Amoris Laetitia é a mensagem de Vossa Santidade, o Papa, que nos convida a refletir sobre o amor nas famílias cristãs. Para isso, devemos pensar a partir de uma proposta de vida harmoniosa, pautada na fé, no respeito, na harmonia e no amor.
Você deve lembrar que a exortação apostólica é uma poderosa ferramenta de diálogo entre o Papa e a população católica em todo o mundo. Em nosso último conteúdo sobre essa temática, ressaltamos as especificações desse importante documento e do seu propósito de ser um elo entre Igreja e fiéis, ao abordar assuntos doutrinários, disciplinares, governamentais. Para conferir e relembrar o conteúdo na íntegra, clique aqui.
A fim de garantir uma recepção efetiva do assunto pela comunidade católica em todo o mundo, as exortações seguem um processo interno. Isso determina que sua publicação ocorra, geralmente, após um sínodo – uma espécie de reunião magna com participação de lideranças da fé, proposta com o intuito de construir um “caminhar juntos” sobre determinado tema ou plano católico. É nesse momento que temos o conteúdo tratado na Assembleia. Em cada um desses documentos, há um público-alvo específico e um contexto importante.
Quando se fala da exortação apostólica Amoris Laetitia é válido considerar seu contexto de nascimento. Publicada em março de 2016, possui um significado valioso ao ser compartilhada publicamente durante o Ano Jubilar da Misericódia, anunciado pelo Papa Francisco de forma extraordinária. Jubileus comuns são comemorados a cada 25 anos e o último havia sido anunciado em 2000, durante o papado de João Paulo II.
Realizado em 8 de dezembro de 2015, com a Festa da Imaculada Conceição, e em 20 de novembro de 2016, com a Festa de Cristo Rei, esse foi o 27º ano sagrado da história. Na Igreja Católica, é um período para remissão de pecados e perdão universal, concentrando-se particularmente no perdão e na misericórdia de Deus.
Por isso, a exortação apostólica Amoris Laetitia tinha um significado ainda maior nesse período. O documento trata do amor na família, com uma proposta às famílias cristãs, estimulando-as:
“a apreciar os dons do matrimônio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência”;
Além disso:
“se propõe a encorajar todos a serem sinais de misericórdia e de proximidade para a vida familiar, onde esta não se realize perfeitamente ou não se desenrole em paz e alegria”.
No documento, há uma preocupação constante do Papa com as realidades familiares atuais. Desse modo, busca entender o enfraquecimento e a fragmentação das famílias a partir dos desafios e reflexos da sociedade atualmente.
“O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja. Inúmeras são as análises feitas sobre o matrimônio e a família, sobre suas dificuldades e desafios atuais. É preciso prestar atenção à realidade concreta, porque os pedidos e os apelos do Espírito ressoam também nos acontecimentos da história através dos quais a Igreja pode ser guiada para uma compreensão mais profunda do inexaurível mistério do matrimônio e da família”.
O Papa faz referência aos desafios diários e sistêmicos que a rotina atual escancara às famílias e cita dificuldades que, atualmente, oferecem perigo às estruturas familiares. Entre elas temos:
Diante de tantos desafios, o Papa manifesta que “ninguém pode pensar que o enfraquecimento da família como sociedade natural fundada no matrimônio seja algo que beneficia a sociedade. Antes pelo contrário, prejudica o amadurecimento das pessoas, o cultivo dos valores comunitários e o desenvolvimento ético das cidades e das aldeias”.
Na exortação ainda lembra que “a família é um bem de que a sociedade não pode prescindir, mas precisa de ser protegida. A defesa destes direitos é um apelo profético a favor da instituição familiar, que deve ser respeitada e defendida contra toda a agressão, sobretudo no contexto atual em que habitualmente ocupa pouco espaço nos projetos políticos”.
Como em toda exortação, o Papa traz uma proposta de caminho conjunto entre Igreja e comunidade de fé, a fim de compartilhar um plano católico para as famílias. Segundo Francisco, ser família é “principalmente uma oportunidade” e, a exortação apostólica Amoris Laetitia trata do que queremos viver em nosso seio familiar.
No documento santo, o Papa divide seus conselhos e reflexões às famílias em capítulos. Ao fazer isso, fala sobre esposos, agentes pastorais e a comunidade como um todo. O foco central está na vocação das famílias, o amor no matrimônio, o amor que se torna fecundo, a educação dos filhos e a importância da espiritualidade conjugal e familiar.
Para Francisco, a complexidade e a riqueza da temática, sobretudo para a Igreja Católica, é a responsável pela extensão do documento. Por isso, para sua apreciação plena e pura, a santidade recomenda sua leitura atenta e calma, para que tudo possa ser absorvido e refletido. Cada capítulo deve ser degustado, pensado e discutido em família, principalmente, para uma busca conjunta de suas considerações.
Entre os conselhos, reflexões e propostas da Santidade para as famílias e para cada um de nós está, principalmente, o aprofundamento do amor conjugal e familiar. No matrimônio, o Papa reitera às famílias o amor cotidiano, com atenção e dedicação ao respeito e a harmonia.
Ficou curioso para compreender mais sobre essa exortação? Todas as reflexões, conselhos e convites da Santidade, o Papa, sobre o amor das famílias cristãs para a comunidade católica podem ser conferidos na íntegra, na exortação apostólica Amoris Laetitia.
Leia, estude e reflita sobre as palavras de sabedoria do nosso Papa Francisco, neste olhar de amor às famílias, clicando aqui.
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