Uma devoção simples, mas profundamente poderosa e cheia de simbolismo, tem conquistado cada vez mais fiéis: o Cordão de São José. A história do cordão começou em Anvers, na Bélgica, no século XVII, e tem feito parte das súplicas de fiéis católicos, especialmente na busca por alívio das enfermidades corporais, proteção contra males espirituais e fortalecimento da virtude da castidade.
A história do Cordão teve início com a Irmã Isabel Sillevorts, religiosa que sofria com grave problema de saúde, na época identificado como “mal de pedra”. Após recorrer, sem sucesso, aos recursos médicos disponíveis, ela decidiu pedir a um Sacerdote que abençoasse um cordão, passando a usá-lo cingido à cintura em honra ao glorioso São José. Iniciou então uma novena com súplicas ao Santo – e foi milagrosamente curada de um grave cálculo. O milagre rapidamente espalhou a devoção pelo mundo.
A procura pelo Cordão de São José cresce especialmente entre aqueles que buscam proteção espiritual contra a impureza, enfermidades e dificuldades pessoais. A Igreja reconhece essa prática como meio para obter graças especiais, sendo particularmente recomendada para conservar a virtude da castidade em todos os seus graus e categorias.
O Cordão deve ser branco, que significa pureza e castidade. O material mais comumente usado é algodão, mas pode ser linho, uma fita ou outro material. Em uma das extremidades são feitos sete nós e, durante sete dias, devem ser rezados sete “Glórias ao Pai”. Os nós representam as sete alegrias e as sete dores vivenciadas por São José durante sua vida terrena. Enquanto reza, medite sobre as dores e alegrias do Santo e peça a Sua intercessão nas dificuldades e necessidades pessoais. Após confeccionado, o Cordão precisa ser abençoado por um sacerdote para que esteja apto a transmitir as graças associadas a essa devoção.
Depois de abençoado, o Cordão pode ser usado sob as roupas, amarrado em volta da cintura, colocado em objetos pessoais, como carteiras, livros, carros, ou, então, mantido próximo a enfermos. Seu uso envolve continuar rezando diariamente sete vezes o “Glória ao Pai” em honra a São José.
A Tradição acredita que gestantes têm no Cordão uma proteção especial contra complicações durante a gravidez e parto. Muitas mulheres o usam cingido à cintura durante a gestação e há muitos relatos de graças obtidas relacionadas a essa entrega de fé e confiança.
Quando a graça pedida for alcançada, o cordão deve ser queimado.
Em reconhecimento ao valor espiritual desta devoção, o Papa Pio IX e, posteriormente, outros Papas concederam indulgências plenárias para quem portar o Cordão em datas especiais como o Natal, a Páscoa e Pentecostes, além de situações de perigo de morte.
Padre Reginaldo Manzotti, durante o Ano de São José em 2021, incentivou os fiéis a adotar a devoção. Ele explicou sobre o uso do Cordão de São José:
“Essa é uma opção de evangelização. Lembro: não é magia, não é superstição, os nós são sinais que nos ajudam na oração. Deus não precisa disso. Eu preciso, nós precisamos.”
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