No dia 29 de junho são celebrados São Pedro e São Paulo, considerados as duas colunas básicas da Igreja Católica – uma que nos confirma a fé e outra que evangeliza, respectivamente. A data alusiva a esses dois importantes seguidores de Jesus já era celebrada em Roma desde o ano de 258. Apesar disso, até hoje ainda existem dúvidas sobre o motivo de os dois santos serem comemorados no mesmo dia.
São várias as razões apresentadas ao longo dos séculos. Pedro e Paulo sempre estiveram unidos no propósito de manter viva a Igreja, a eles Jesus confiou a edificação e manutenção dela. Foram, inclusive martirizados por essa causa.
Pedro assumiu a liderança da Igreja depois da ressurreição e ascensão de Cristo, conduziu os apóstolos e garantiu que a fé permanecesse viva entre os discípulos do Senhor. Já Paulo é o grande evangelizador. Por essas razões principais, ambos são considerados como pilares do cristianismo.
Para que o cristão entenda o motivo pelo qual a celebração mútua de São Pedro e São Paulo ocorra no dia 29 de junho, existem sete “chaves” que apontam um caminho rumo a esse entendimento:
Santo Agostinho de Hipona disse que São Pedro e São Paulo eram como se fossem um só durante um sermão no ano 395. Foram fontes de um mesmo testemunho, embora tenham sido martirizados em dias diferentes. Pedro deu o primeiro passo, seguido por Paulo.
“Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”, disse o Doutor da Igreja em determinado trecho.
Após ficarem presos na Mamertina, localizada no foro romano na Roma Antiga, Pedro e Paulo foram martirizados, possivelmente por ordem do imperador Nero. São Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por não se considerar digno de morrer da mesma forma que seu Senhor. São Paulo foi decapitado no ano 67.
Durante a Solenidade de São Pedro e São Paulo de 2012, em sua homilia, o Papa Bento XVI assegurou que a ligação dos dois como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma.
“A tradição cristã sempre considerou São Pedro e São Paulo inseparáveis: juntos, de fato, eles representam todo o Evangelho de Cristo”, afirmou.
Nessa mesma homilia, Bento XVI classificou os dois apóstolos como “padroeiros principais da Igreja de Roma”.
O então Pontífice também fez um paralelo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
“Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de serem humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava”, disse o Papa Bento XVI na homilia.
Ao celebrarmos São Pedro no dia 29 de junho, exaltamos sua escolha por Cristo – “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” – e que Pedro aceitou humildemente a missão de ser “a rocha” da Igreja e conduzir o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas. Dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e garantiu que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
Antes de sua conversão, Paulo se chamava Saulo, até seu encontro com Cristo. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho de forma incansável nas nações do mundo mediterrâneo. É conhecido como o Apóstolo dos Gentios e um verdadeiro arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se entregou totalmente.
“Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja”, expressou Bento XVI em sua homilia.
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