Foto: reprodução Diocesi di Treviso
Em tempos de provações, como quando se recebe o diagnóstico de câncer, confusão e desespero tendem a tomar conta da vida de toda a família e desafiam a saúde física, mental e espiritual. Nesse momento, é ainda mais importante cultivar a fé e a esperança.
Os Santos podem ser fontes divinas, tanto pela inspiração das suas biografias quanto por serem intercessores. Conhecê-los é uma maneira de buscar fortalecer a conexão com Deus. Uma delas é Santa Maria Bertilla Boscardin, exemplo de humildade e coragem, nascida em 1888 em uma pequena vila na Itália. Batizada como Anna Francesca Boscardin, foi uma mulher de origem simples. Camponesa, empregada doméstica e religiosa, dedicou sua vida ao cuidado dos doentes e desde cedo demonstrou uma fé profunda e inabalável.
Ao ingressar na Congregação das Irmãs Mestras de Santa Doroteia com apenas 16 anos, assumiu uma missão que foi além do cuidado físico dos enfermos: foi um testemunho de amor ao próximo, especialmente aos doentes e sofredores. Durante a Primeira Guerra Mundial, trabalhou como enfermeira em hospitais e cuidou, com muito zelo, daqueles que estavam em uma situação de profunda desesperança, o que a tornou conhecida por sua compaixão e dedicação.
Santa Maria Bertilla foi diagnosticada com câncer ainda jovem, com apenas 22 anos, e não se afastou da sua missão. A serenidade diante do sofrimento, sua fé inabalável e seu desejo de servir aos irmãos até o fim de sua vida são inspirações para aqueles que enfrentam a doença.
Ela é venerada como protetora das pessoas com câncer e há muitos testemunhos de milagres e graças alcançados por sua intercessão.
Como disse o Senhor, “vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11,28). Ela viveu essa promessa em exemplo e encontrou o alívio não na cura física, mas na união e confiança em Cristo, que a fortaleceram para suportar suas dores com graça e dignidade.
Foi beatificada pelo Papa Pio XII no dia 8 de junho de 1952 e canonizada pelo Papa João XXIII no dia 11 de maio de 1861. Sua festa é celebrada no dia 20 de outubro, dia de sua morte.
No Santuário Nossa Senhora de Guadalupe e de Jesus das Santas Chagas, em Curitiba (PR), há uma relíquia de 1º grau de Santa Maria Bertilla, um fragmento de osso, que conecta os fiéis diretamente com sua vida e santidade. Relíquias são sinais tangíveis da presença dos santos entre nós.
“Ó Pai, Vós que inspirastes Santa Bertilla a se dedicar aos doentes e, depois, para que ela fizesse da dor e do sofrimento, um motivo de louvor a Vós, dai-nos, paciência e sabedoria, para que também nós possamos fazer, de nossas dores, um instrumento de redenção. Por intercessão de Santa Bertilla, que enfrentou o câncer, pedimos a graça (…) Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo, amém! Santa Bertilla, rogai por nós”.
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