28 de Agosto foi instituído como o Dia Nacional do Voluntariado em 1985. Desde então, tornou-se um dia para reconhecer o trabalho de pessoas que, motivadas por valores de solidariedade, de caridade ou de participação social e cidadania.
São pessoas que destinam suas energias, conhecimento e tempo em prol de causas de impacto social, reunindo esforços para realizar a transformação de que a sociedade precisa.
“Viver uma vida que muda vidas, sair da minha zona de conforto, conhecer diferentes realidades, contribuir para a transformação social, para o bem-estar do próximo e tentar fazer do mundo um lugar melhor”.
Quem diz isso é Suzana Nogiri, voluntária da divisão de Gestão de Pessoas do Instituto Incanto, ONG que transforma a vida de crianças e adolescentes em vulnerabilidade social por meio da arte e da cultura, como ferramentas de humanização e desenvolvimento.
Suzana é voluntária ainda em três diferentes projetos: além do Instituto Incanto, ela atua no FESA C.R.O.M.A, braço de transformação social e de formação profissional da FESA Group, com foco na empregabilidade e o desenvolvimento de jovens em risco social a partir de 16 anos, estudantes de escolas públicas e de baixa renda e no Be My Eyes, um aplicativo que criado para ajudar pessoas cegas ou com visão limitada, composto por uma comunidade global de voluntários sem deficiência visual.
Suzana conta sobre o sentimento que a move como voluntária. “Sei o quanto as boas ações que participo são gratificantes para quem as recebe, mas é imensurável o tamanho da minha alegria quando recebo em troca um sorriso ou palavra de agradecimento”.
Essa também é a inspiração que impulsiona Alexandre Ramos Costa, voluntário da ONG Abrigo São Francisco de Assis – ABPA, em Salvador. Alexandre atua nas entrevistas de adoções felinas e é também estagiário jurídico da ONG.
“Como voluntário, eu tento causar impacto na sociedade, mesmo que mínimo, e garantir dignidade para os nossos animais, que precisam tanto. Para além disso, fiz amigos e companheiros que levarei para a vida”, diz Alexandre.
O que importa no voluntariado, assim, não é “porque ser voluntário”, mas sim “porque não ser”. Para as pessoas que acreditam em uma causa, é inconcebível normalizar o que está errado, mesmo que isso implique em se organizar para destinar parte do seu tempo em prol da ação voluntária, sem nenhuma contrapartida, salvo a certeza de ter contribuído, de alguma forma, para o bem comum.
E se engana quem acredita que os voluntários não têm suas próprias tarefas e demandas pessoais: “Todos os voluntários têm suas vidas corridas. No meu caso, por exemplo, eu faço faculdade, trabalho, sou assistente de pesquisa, além de atuar em quatro ONGs, de diversas áreas. Acredito que devemos organizar a agenda e separar um momento para fazer o bem”, conta Alexandre.
Suzana traz a reflexão sobre tantos pequenos gestos voluntários que são grandiosos em seu resultado, como reservar um tempo para doar sangue, baixar um aplicativo no celular para dar auxílio visual a pessoas com visão limitada ao prepararem o jantar ou fazer um intercâmbio nas férias para alfabetizar crianças em algum país de vulnerabilidade e instabilidade social.
“A vida é feita de escolhas, prioridades e planejamento. Ser voluntário é mais simples do que parece, basta querer e se organizar. Não importa o tempo dedicado, o tamanho da ação, muito menos onde ela é executada, mas sim a boa intenção”.
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