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Ser reconhecido como Doutor da Igreja é uma das honras mais elevadas que a Igreja Católica pode conceder. Além de inspirações pela vida de santidade, esses Santos deixaram contribuições muito relevantes.
Os Doutores da Igreja são reconhecidos pela contribuição intelectual e espiritual. Seus escritos — tratados, sermões, comentários bíblicos e obras místicas — continuam iluminando a fé, mesmo séculos depois.
Embora não sejam infalíveis, seus ensinamentos têm grande peso na formação doutrinal e espiritual da Igreja. De acordo com o Magistério e tradições reconhecidas pelo Vaticano, três requisitos definem um Doutor da Igreja:
- Eminente doutrina – o Santo deve ter contribuído de forma significativa para o entendimento da fé cristã, por meio de obras teológicas ou espirituais.
- Santidade exemplar – viveu uma vida de virtude heroica, sendo modelo de autenticidade cristã.
- Reconhecimento oficial da Igreja – o título só é atribuído pelo Papa ou por um concílio. A concessão do título não é dogmática (não é infalível), mas é um reconhecimento canônico e tradicional.
O título existe desde a Idade Média e foi formalizado no século XIII. Em 1298, Papa Bonifácio VIII reconheceu oficialmente os quatro grandes mestres do Ocidente: Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São Jerônimo e São Gregório Magno.
Mais tarde, outros santos orientais foram incluídos, como Santo Atanásio, São Basílio Magno, São Gregório de Nazianzo e São João Crisóstomo.
Até junho de 2025, a Igreja reconheceu 37 Doutores. Entre os mais conhecidos:
- Santa Teresa de Ávila (proclamada por Paulo VI em 1970)
- São João da Cruz (1970)
- Santa Teresa de Lisieux (1997, por João Paulo II)
- São João de Ávila e Santa Hildegarda de Bingen (2012, por Bento XVI)
- São Gregório de Narek (2015, por Papa Francisco)
Cada Doutor tem uma festa litúrgica. Por exemplo, Santo Afonso de Ligório é celebrado em 1º de agosto. Além disso, seus pensamentos nutrem a espiritualidade e o aprofundamento da fé na vida dos cristãos.
Em 2001, um Sínodo sobre a Eucaristia chamou os Doutores de “estrutura estável da Igreja”, pois ajudam a fundamentar sua vida na Tradição e no ensinamento fiel.
Os
Doutores da Igreja lembram que a fé católica é rica em razão e espiritualidade. Eles mostram que o conhecimento de Deus e a santidade caminham juntos.
Doutores da Igreja (até junho de 2025)
1.Santo Atanásio
2.São Basílio Magno
3.São Gregório de Nazianzo
4.São João Crisóstomo
5.Santo Ambrósio
6.Santo Agostinho
7.São Jerônimo
8.São Gregório Magno
9.São Cirilo de Alexandria
10.São Leão Magno
11.São Pedro Crisólogo
12.São Isidoro de Sevilha
13.São Beda, o Venerável
14.São João Damasceno
15.São Pedro Damião
16.São Anselmo de Cantuária
17.São Bernardo de Claraval
18.São Tomás de Aquino
19.São Boaventura
20.Santo Alberto Magno
21.São Roberto Belarmino
22.São Lourenço de Brindisi
23.São Francisco de Sales
24.Santa Teresa de Ávila
25.São João da Cruz
26.Santa Catarina de Sena
27.Santo Afonso Maria de Ligório
28.Santo Efrém, o Sírio
29.São Cirilo de Jerusalém
30.São João de Ávila
31.São Gregório de Narek
32.São Hilário de Poitiers
33.Santo Ireneu de Lyon
34.Santo Elredo de Rievaulx
35.Santa Hildegarda de Bingen
36.Santa Teresa de Lisieux
37.São João Henrique Newman