A palavra “dogma” muitas vezes é mal compreendida. Para alguns, parece significar algo rígido, antiquado ou imposto sem espaço para reflexão. Mas, na verdade, os dogmas são luzes no caminho da fé, que a Igreja reconhece como verdades reveladas por Deus. Exatamente por serem do Senhor, são inegociáveis.
Entenda o que são os dogmas, como são proclamados, quais são os principais reconhecidos pela Igreja e por que são tão importantes para a vida de fé de cada cristão.
Dogma é uma verdade de fé revelada por Deus, reconhecida e proclamada solenemente pela Igreja Católica. A palavra vem do grego dogma, que pode ser traduzida como “ensinamento” ou “decisão”. Ou seja, trata-se de um ensinamento decisivo e essencial, que define de modo claro uma verdade fundamental da fé cristã.
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (nº 88), os dogmas são propostos pelo Magistério com autoridade. Portanto, exigem do povo cristão uma “adesão irrevogável de fé”.
A proclamação de um dogma não é algo improvisado ou isolado. O processo é longo, envolve oração, estudo, reflexão e escuta do Espírito Santo. A verdade proclamada já está presente na Sagrada Escritura ou na Tradição da Igreja, mas o dogma a apresenta de forma definitiva, o que a torna reconhecida e obrigatória para todos os fiéis.
Um dogma pode ser definido de duas formas:
A Igreja proclama dezenas de dogmas, organizados em diversas categorias. Os principais estão ligados a verdades sobre Deus, Cristo, Maria, os sacramentos, o ser humano e os “novíssimos” (realidades finais).
Veja alguns exemplos:
Entre os dogmas mais importantes estão os proclamados pelo Concílio Vaticano I em 1870, na Constituição Pastor Aeternus:
Esses dogmas garantem a unidade e a fidelidade da Igreja ao Evangelho, protegendo-a de erros doutrinais.
Muitas vezes, os dogmas são vistos como limites. Mas, na verdade, são sinal de amor da Igreja por seus filhos. São definições que nos orientam no caminho da fé e que dão segurança diante das dúvidas e firmeza diante das incertezas.
Além disso, crer nos dogmas é parte essencial de ser católico. Negar um dogma é colocar em risco a própria comunhão com a fé da Igreja.
No fundo, todo dogma tem um único propósito: nos conduzir à verdade que é o próprio Cristo. Como ensinou Bento XVI, não há oposição entre Jesus e a Igreja. Pelo contrário: é a Igreja que nos dá Cristo, e é nela que podemos viver plenamente a fé.
Crer nos dogmas é crer no amor de Deus que se revelou e se revela, para que, pela fé, todos tenham vida. Como diz o Catecismo da Igreja Católica (nº 89):
“Os dogmas são luzes no caminho da nossa fé: iluminam-no e tornam-no seguro”.
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