O domingo de 7 de setembro de 2025 foi de festa e esperança. A Praça São Pedro acolheu a Missa de canonização do jovem Carlo Acutis, presidida pelo Papa Leão XIV. A celebração (evento central do Jubileu e da vida da Igreja) seguiu o rito solene em que o Papa proclama oficialmente o novo santo e inscreve seu nome no cânon dos santos.
A canonização de Carlo fora anunciada meses antes pelo Dicastério para as Causas dos Santos, que confirmou a data com a celebração na Praça São Pedro. Junto dele, foi canonizado Pier Giorgio Frassati, símbolo da juventude servidora. A Missa reuniu cerca de 80 mil pessoas e foi transmitida ao vivo para o mundo todo. O Papa, na homilia, chamou os dois novos santos de “modelos que convidam os jovens a fazerem de suas vidas uma obra-prima de serviço, alegria e fé”.
A presença de Antonia Salzano, mãe de Carlo, emocionou muitos fiéis. Em entrevista ao Vatican News, ela descreveu a canonização como “um desenho do céu”, recordou o blazer branco que o filho usava “nos dias de festa” e mostrou o terço e a pulseira de oração ligados à memória do jovem. O testemunho da mãe mostrou também a dimensão familiar e eucarística da santidade de Carlo, muito amada pelos fiéis. Ela lembrou pequenos sinais de devoção que o filho cultivava e que hoje inspiram milhões de pessoas.
Diversas entrevistas com Antonia após a canonização destacaram ainda como Carlo viveu intensamente a amizade com Jesus na Eucaristia e a caridade concreta com os pobres. Em outra entrevista recente da mãe do santo, ela revelou que Carlo pensava em ser padre, e antes de morrer, perguntou o que ela achava disso.
Veja o momento em que Papa Leão XIV lê em latim a fórmula de canonização de Carlo Acutis e Pier Girogio Frassati:
Carlo (1991–2006) é um exemplo de santidade “do cotidiano”: amava a Santa Missa, a adoração e a caridade, e usou a internet para evangelizar. Ele organizou um site/exposição sobre os milagres eucarísticos. Sua história traz a mensagem de que a santidade é possível na juventude e no ambiente digital, quando enraizada nos sacramentos e na vida de oração.
A devoção a Carlo cresceu intensamente no Brasil ao longo dos últimos anos, com grupos de jovens, catequese e pastorais que se inspiram em seu exemplo e em seu amor à Eucaristia.
A caminhada de Carlo até os altares contou com sinais e graças atribuídos à sua intercessão, realidade muito presente nas comunidades brasileiras devotas do jovem santo. Ele foi beatificado em 2020 após a cura de um menino no Brasil: Matheus Vianna, de Campo Grande (MS), tinha 2 anos quando foi diagnosticado com pâncreas anular, uma rara doença congênita. Um dos principais sintomas da condição eram os vômitos repetidos. Por isso, no Mato Grosso do Sul, a celebração foi antecipada com emoção, pois uma relíquia (o suéter azul usado por Carlo) chegou como parte de uma semana de preparação para a canonização. Milhares de fiéis participaram das homenagens.
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