Acreditar pode ser a coisa mais importante a se fazer. Foi exatamente o que fez Barnabé, um dos primeiros discípulos de Cristo e símbolo da gentileza cristã que acolhe, confia e encoraja.
A Bíblia o apresenta como um homem “cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11,24), conhecido por levar consolo e esperança às comunidades que se formavam. Seu nome de nascimento era José, mas os apóstolos o chamaram de Barnabé, que significa “filho da exortação” ou “filho do consolo”.
Barnabé era um levita, natural da ilha de Chipre. Desde o início, demonstrou generosidade. Ele vendeu um campo e entregou o valor aos apóstolos em uma conduta que revelava sua entrega total a Deus e ao bem comum. O seu momento mais importante para o cristianismo aconteceu depois, quando a comunidade cristã precisou de alguém capaz de olhar com os olhos da fé.
Após sua conversão, Saulo de Tarso, o futuro apóstolo Paulo, tentou se aproximar dos discípulos, mas era visto com desconfiança. Isso porque pouco tempo antes, perseguia os cristãos. Enquanto todos hesitavam, Barnabé acreditou. Foi ele quem o apresentou aos apóstolos e testemunhou sobre a sinceridade de sua mudança. Esse ato de confiança mudou a história da evangelização.
Ele viu em Paulo um irmão e enxergou em sua conversão uma obra da graça. Essa disposição em acolher e confiar se repetia em cada missão. Enviado a Antioquia, encorajou os novos discípulos a “permanecerem fiéis ao Senhor com firmeza de coração”. Ali, sua presença inspirou uma comunidade inteira a viver a fé com alegria.
Gentil, paciente e generoso, Barnabé traz o exemplo de que a gentileza é também uma forma de evangelizar. O Espírito Santo age nos pequenos gestos, no perdão, na escuta, no apoio e na fé no outro, quando escolhemos acolher no lugar de julgar, consolar e não criticar.
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