Hoje, 16 de julho, é o dia de celebração de Nossa Senhora do Carmo, padroeira da Evangelizar.
A história de Nossa Senhora do Carmo reporta à Ordem dos Carmelitas, no século XI, em Monte Carmelo. No dia 16 de julho do ano de 1251, passando por dificuldades, São Simão Stock, monge carmelita, orou a Nossa Senhora, pedindo à Mãe um sinal, visível aos seus inimigos, da sua proteção.
Em resposta, a Virgem Maria entregou-lhe um Escapulário – duas peças de tecido marrom atadas entre si por uma corda – e uma promessa: todos os que com ele morressem, não padeceriam a perdição no fogo eterno. O Escapulário era, assim, um sinal de salvação, defesa nos perigos e da clara aliança com a Virgem Maria.
O nome da peça, Escapulário, vem da forma como ele deve ser usado, em cima das escápulas (osso que compõe o ombro). Mas ele não se trata de um simples “amuleto” mundano: o Escapulário, como sinal de salvação, cobre quem o carrega com a graça de Maria e compromete-o a dedicar-se ao seu serviço, como membro da família da Mãe de Deus.
A dentista Karina Meirelles, de Salvador, usa o seu Escapulário desde criança. Ela nos contou que ganhou o seu de sua mãe, quando ainda era muito pequena: “é um símbolo que a gente usa na nossa família. Eu uso, meus pais usam, meus irmãos, todos nós usamos o Escapulário como um sinal de proteção”. A aliança da sua família com Nossa Senhora é tão forte que, ao se depararem com a necessidade de agendar o parto do seu irmão caçula, sua mãe não teve dúvidas em escolher o dia 16 de julho para dar à luz o seu filho Lucas.
“Como eu sou muito católica, assim como a minha família, eu acredito muito nessa proteção da Virgem Maria, me sinto mais segura quando estou usando o Escapulário, como se fosse uma barreira para o inimigo, que sabe de antemão que eu estou com Nossa Senhora”, nos diz Karina.
Ela conhece intimamente a história e o uso do Escapulário – mas você sabe o que é mito e o que é verdade sobre esse sinal de proteção? Trouxemos aqui algumas informações importantes sobre dúvidas bastante frequentes:
Não. O Escapulário não é um objeto mágico. Ele é um sinal de proteção, mas é também um sinal de dedicação ao serviço de Nossa Senhora. É uma promessa que a Virgem nos faz de nos proteger ao longo da vida, nos dar assistência na hora da morte e a salvação eterna.
Mas ele não dispensa que a pessoa protegida seja virtuosa e pratique o bem, evitando o pecado. O Escapulário é uma motivação externa, que planta em nós a vontade de estar sempre perseverando na virtude, servindo à Virgem Maria com todo o nosso coração. Somente assim, Ela estará sempre ao nosso lado, nos protegendo.
Não precisa. Você pode, se assim o desejar, comprar para você um Escapulário. Um lembrete importante é que o Escapulário não se trata de um amuleto, e por isso, devemos afastar dele todo tipo de superstição. Então, apesar de ser um presente simbolicamente forte para ser dado a quem amamos, não há nenhuma obrigatoriedade nesse sentido.
O que vale é o compromisso assumido com Maria, a vontade de receber sua proteção, e a prática, na vida, das virtudes que Ela ensina.
Na verdade, o primeiro Escapulário deve ser imposto. São coisas diferentes. Há um ritual específico para a imposição. No passado, ela podia ser feita somente por frades carmelitas; foi Paulo VI que permitiu que todos os sacerdotes e diáconos pudessem fazer.
A imposição é feita sempre no primeiro Escapulário, que deve ser necessariamente o tradicional, feito em tecido marrom. Nessa imposição, o padre faz uma oração e coloca o Escapulário no pescoço da pessoa.
A imposição recebida uma vez vale para sempre, porque ela se aplica à pessoa e não ao Escapulário.
Caso o seu Escapulário se gaste ou estrague, você pode apenas colocar o novo em seu pescoço, ou, querendo, pode pedir ao sacerdote que abençoe aquele novo Escapulário. Mas não há nova imposição, nesses casos.
Lembra o que te falamos sobre superstições? Vale aqui também. Se estamos cumprindo com o nosso compromisso, e estamos trabalhando intensamente com nossa proteção nos ombros, isso pode desgastar o Escapulário e ele pode se quebrar. A Virgem Maria estará, acredite, feliz com o seu comprometimento.
O Padre Reginaldo Manzotti já nos orientou sobre o que fazer quando o Escapulário se desgasta e estraga: “Costumo ensinar que nem folheto de Missa deve ser jogado no lixo. Os Escapulários e as imagens de santos devem ser queimados, sempre que possível. Se não for viável, devido ao material, devem ser enterrados”, explica Padre Reginaldo.
Não é verdade. Como já dissemos, o primeiro Escapulário, aquele que é usado na imposição, esse deve ser no formato tradicional, em tecido marrom; após a imposição, no entanto, a pessoa pode usar, se quiser, uma peça mais moderna ou em material mais resistente, similar ao tradicional. Se a pessoa o usar com fé, o poder de proteção do Escapulário estará lá.
Quer saber mais sobre o uso do Escapulário? Ouça o que diz o Padre Reginaldo Manzotti no vídeo abaixo:
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