Burnout: como nova classificação da OMS muda responsabilidades e traz alertas

Burnout: como nova classificação da OMS muda responsabilidades e traz alertas

A partir de janeiro de 2025, a Organização Mundial da Saúde (OMS) implementou uma nova classificação para a síndrome de Burnout, reconhecendo-a como um fenômeno ocupacional com impactos físicos, emocionais e sociais significativos.

A atualização, presente na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11), proporciona uma compreensão mais precisa dos efeitos do estresse crônico no ambiente de trabalho e reforça a importância de estratégias eficazes para prevenção e tratamento.

A síndrome de Burnout envolve:

  • Exaustão: sensação de esgotamento de energia ou fadiga extrema.
  • Despersonalização: distanciamento mental do trabalho, levando a sentimentos de negativismo e cinismo.
  • Redução da eficácia profissional: queda no desempenho e na motivação para realizar tarefas.

Diferente do estresse comum, o Burnout exige intervenção estruturada, pois pode comprometer a saúde física e mental.

O que mudou na classificação da OMS?

Com a entrada em vigor da CID-11, a síndrome de Burnout passou a ser classificada sob o código QD85, substituindo o antigo código Z73 da CID-10. Isso significa que o Burnout agora é reconhecido como um fenômeno diretamente relacionado ao ambiente de trabalho — e não apenas um problema individual de adaptação ao estresse.

A nova categorização pode facilitar a adoção de políticas públicas e ações dentro das empresas para prevenir e tratar a condição, trazendo mais respaldo para os trabalhadores afetados.

De acordo com o professor Danilo de Freitas Araújo, do curso de Psicologia da Estácio, “dentro da nova descrição, temos mais parâmetros para avaliar o quanto um indivíduo foi afetado pelo estresse no trabalho e, assim, subsidiar a criação de ações que melhorem a dinâmica organizacional”.

O especialista acrescenta que a responsabilidade das empresas é essencial na prevenção do Burnout. Ele destaca a importância de:

  • Criar campanhas de conscientização sobre saúde mental.
  • Manter canais de comunicação abertos para que os funcionários expressem suas dificuldades sem medo de represálias.
  • Oferecer suporte psicológico dentro das organizações.
  • Incentivar jornadas de trabalho mais equilibradas e um ambiente profissional saudável.
  • Empresas que priorizam a qualidade de vida dos colaboradores tendem a apresentar índices menores de afastamento e maior produtividade.

Nos últimos anos, os afastamentos relacionados à síndrome de Burnout cresceram significativamente. Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) mostram que os registros aumentaram quase 1.000% em uma década. Esse crescimento pode estar associado a fatores como carga de trabalho excessiva, metas exigentes e falta de reconhecimento profissional.

Entre as profissões mais afetadas estão médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas e trabalhadores submetidos a pressão constante.

Como prevenir o Burnout?

Para evitar o esgotamento profissional, algumas práticas podem ajudar:

  • Estabeleça limites: defina horários para o trabalho e para o descanso.
  • Priorize o autocuidado: inclua exercícios físicos, alimentação equilibrada e sono adequado na rotina.
  • Desconecte-se: evite levar preocupações do trabalho para casa.
  • Busque apoio profissional: a ajuda de psicólogos e terapeutas pode ser essencial para lidar com os desafios emocionais.
  • Pratique atividades prazerosas: hobbies e momentos de lazer ajudam a aliviar o estresse.

 

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