Comer muito: é pecado ou não é? 

Comer muito: é pecado ou não é? 

É comum em nossa caminhada católica termos dúvidas diárias sobre determinados assuntos que parecem bobos, mas acabam nos intrigando com a questão: é ou não é pecado? Aqui no IDe+, já trouxemos alguns conteúdos com a proposta de responder exatamente a essas pequenas indagações que, por vezes, nos inquietam até encontrarmos respostas na Palavra de Deus.

Hoje, voltamos a falar sobre essas situações com um tema apetitoso: a alimentação. Afinal de contas, comer muito pode ser considerado um pecado?

 

A comida e o excesso

Comer é, com certeza, um momento de autocuidado, de zelo com nosso corpo e saúde. A satisfação que temos depois de uma boa refeição traz felicidade. Dessa forma, como poderíamos pensar que essa necessidade humana poderia, em algum momento, ser vista como pecado aos olhos de Deus?

Para isso, vale lembrar que pecado é compreendido como a prática que nos faz fugir dos propósitos e ensinamentos do Senhor, nos distanciando de Seu convívio. Ele pode ser categorizado em duas divisões: 

  • Venial: são os pecados de matéria leve, que não nos fazem perder a graça santificante e pelos quais podemos obter perdão no momento do ato penitencial, na celebração da Santa Missa; 
  • Mortal: são as faltas consideradas mais graves, cometidas de forma livre e consciente, que infringem os mandamentos da Lei de Deus. Nesses casos, para obter o perdão, devemos recorrer ao sacramento da confissão.

Dessa maneira, quando falamos de alimentação que se aproxima do pecado, já extrapolamos a refeição saudável e chegamos ao exagero. Sabemos que todo vício ou excesso não é saudável para o corpo e a alma pois nos tira o equilíbrio e o bom senso.

A partir dessa explicação, é preciso compreender que quando falamos de comida, seguimos a mesma premissa. Se comemos além do que nos satisfaz, sem vontade, por puro desejo e descontrole, ultrapassamos o caráter saudável da alimentação e nos aproximamos da gula. 

Considerado um pecado capital, a gula é o desejo insaciável em comer e beber além do necessário e a toda hora. O Padre Cleberson Evangelista, ao falar do pecado da gula, cita Filipenses 3:19,

“Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas”. 

O guloso assim, segundo o Padre, serve não a Deus, mas a própria vontade.

Gula e o exagero como pecado

Ele nos lembra ainda que a gula é um pecado capital, justamente porque é a porta de entrada para outros pecados. Em uma edição do Evangeliza Show, Padre Reginaldo Manzotti conversou com o Padre Gilberto Bordini sobre como a Bíblia trata desse pecado. Segundo o Sacerdote, a Palavra de Deus traz a ótica dos vícios e a abertura a outros pecados como a luxúria e a avareza, por exemplo.

“O comer é um exceder e isso nos tira do eixo. Quando você sai do teu equilíbrio, você tende a cometer sequencialmente outros excessos”, detalhou a psicóloga Maria Marta Ferreira, que também participou do bate-papo. 

Portanto, é preciso ter claro que se alimentar é natural e necessário ao ser humano, mas exige equilíbrio e autocontrole para que se mantenha como um hábito saudável. Nesse sentido, a virtude da temperança é aquela que deve ser buscada pelos cristão, não só no que diz respeito à alimentação, mas em todos os aspectos da vida.

“A temperança é o controle de si mesmo. Para nossa saúde espiritual, a renúncia faz parte. Para sair da gula, não vamos deixar de comer, mas buscar a justa medida”, pontuou Padre Gilberto Bordini. 

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Comentários

  • Silvia
    Muito necessário saber dessas coisas pois é por meio dos pequenos erros que se tornam maiores e perdemos o céu

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