O Natal nos apresenta um Deus que nasce no silêncio, envolto em simplicidade e pobreza. A Epifania do Senhor revela então quem é esse Menino: o Salvador de todos os povos. No presépio, Cristo se deixa encontrar por poucos e na Epifania Ele se manifesta ao mundo inteiro. No calendário litúrgico, o Natal não termina na celebração do nascimento de Jesus. Há continuidade para outros momentos que aprofundam o mistério da vinda de Deus entre nós.
Uma dessas celebrações é a Epifania do Senhor, festa que manifesta Jesus ao mundo como luz para as nações. A palavra “Epifania” vem do grego epipháneia e significa manifestação, revelação. Na fé cristã, essa solenidade celebra o momento em que Jesus se dá a conhecer além do povo de Israel. Também aos gentios, representados pelos Magos que vêm do Oriente guiados por uma estrela.
“Eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém e perguntaram: ‘Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo’.”
(Mateus 2,1–2)
Por isso, a Epifania é considerada a segunda grande solenidade do ciclo do Natal. Aquele que nasceu oculto em Belém agora é reconhecido como Rei, Deus e Salvador universal. E para que os fiéis se preparem para este grande momento, são convidados a participar da Novena da Epifania do Senhor, que acontece de 28 de dezembro a 5 de janeiro.
O Evangelho segundo São Mateus narra a visita dos Magos. Eles não pertenciam ao povo eleito, mas souberam ler os sinais de Deus, colocaram-se a caminho e, ao encontrar o Menino, prostraram-se em adoração.
Esse gesto simboliza que Cristo não veio apenas para um grupo específico, mas para toda a humanidade. A Epifania confirma que a salvação é universal e que Deus se revela também fora dos caminhos esperados.
Os presentes oferecidos, ouro, incenso e mirra, expressam a fé daqueles que reconhecem em Jesus o Rei, o Filho de Deus e aquele que entregará a própria vida pela salvação do mundo.
A Sagrada Escritura apresenta a Epifania como o cumprimento das promessas feitas pelos profetas. As nações caminhariam para a luz do Senhor. A estrela que guia os Magos é o sinal de que Deus toma a iniciativa de conduzir todos até Cristo.
Essa dimensão missionária é essencial. A Epifania recorda à Igreja que sua vocação é anunciar Cristo a todos, sem exceção, e reconhecer que Deus continua a se manifestar àqueles que O buscam com coração sincero.
Assim como os Magos, também somos convidados a sair de nossas seguranças, discernir os sinais de Deus e nos colocar a caminho. A verdadeira Epifania sempre transforma e quem encontra Cristo não retorna da mesma forma.
“Levanta-te, resplandece, porque chegou a tua luz, e a glória do Senhor nasceu sobre ti. As nações caminharão à tua luz” (Isaías 60,1.3).
Para fazer a Novena da Epifania do Senhor, acesse o link do nosso parceiro de evangelização Minha Biblioteca Católica.
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