Maria, a “bendita entre todas as mulheres”, foi a primeira pessoa a receber a manifestação do Espírito Santo em plenitude, quando abrigou em seu ventre o Filho do Altíssimo, concebido pelo poder do Espírito Santo.
Depois também, quando ela e os Apóstolos reunidos no Cenáculo recebem a efusão do Espírito Santo. Assim, Maria que já o possuía, teve os dons estimulados para junto com os Apóstolos formar a Igreja. Esse acontecimento foi um derramamento de uma unção, de um Espírito Santo que vem sobre nós, sobre a Igreja e a sustenta alicerçada.
O fogo do Espírito Santo incendiou o coração dos Apóstolos fazendo com que eles tivessem uma transformação. Ao sair do Cenáculo, Pedro não era o mesmo de quando entrou. Assim como também João não era mais o mesmo quando entrou com Maria. Eles sentiram aquela força que veio do alto para capacitá-los, para realmente fazer com que eles fossem para o mundo.
Ao celebrarmos esta festa, devemos realmente viver um novo Pentecostes. Cada vez mais, nós católicos batizados, não sejamos meros cristãos que participam da Igreja, mas vem e voltam da mesma maneira. Nada toca o coração. Com nossas almas geladas, tanto faz como tanto fez porque falta Pentecostes, falta unção. Não deixamos o fogo do
Espírito queimar a alma. Não cedemos a Deus e Ele não consegue trabalhar em nós. Temos o título de cristão, mas não temos unção de cristão. Comungamos Jesus, mas não fazemos comunhão com Ele. Rezamos da boca para fora e vivemos numa hipocrisia, porque não deixamos que o Espírito Santo faça o que fez com os apóstolos.
Deveríamos permitir e pedir que o Espírito Santo viesse sobre nós e queimasse o que é fútil, pueril, o que é máscara, o que é alma gelada e coração duro. Estamos com as portas do coração fechadas e, às vezes, queremos também fechar as portas da própria Igreja, quando nos faltam os frutos do Espírito Santo e excluímos pessoas.
No Espírito Santo, da mesma forma que a Igreja nascente surgiu em Pentecostes, nós precisamos passar por essa transformação em nossas vidas, senão a Palavra de Deus não ecoa. A semente não brota, não produz. Nossas comunidades não afloram. Nossas pastorais não progridem. Nossa vida espiritual não decola para Deus. Vem ano, vai ano e ficamos na mesmice entrando na Igreja como se entrássemos em um “shopping”.
Estamos perdendo a noção do sagrado! Por isso, não podemos nos fechar a esse fogo que queima e faz insuportável viver sem Deus. Estamos nos preparando para a Festa de Pentecostes e sem dúvida, todos já ouviram a expressão:
“Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos”. Ele nos capacita concretamente com os dons do Espírito Santo.
Quantas vezes ficamos numa vida cheia de caminhos sem saber qual escolher e não conseguimos achar um fio que nos conduza para fora desses labirintos. Mas se soubéssemos nos apropriar dos dons do Espírito e deixássemos que eles agissem em nós seria diferente.
Que nesse Pentecostes de 2021, possamos realmente receber em nossos corações o Espírito Santo e reavivar em nós a fé, a esperança e todos os dons e frutos do Espírito Santo.
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