Os agrotóxicos, pesticidas ou defensivos agrícolas são produtos químicos usados na agricultura para proteger as plantações de pragas e doenças. Ajudam a garantir que os alimentos cheguem às mesas sem danos, mas seu uso precisa ser controlado para proteger a saúde das pessoas e o meio ambiente.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que cuida da segurança dos alimentos no Brasil, divulgou em dezembro de 2023 um novo relatório sobre esses produtos. Foram analisados mais de 5 mil amostras de alimentos entre os anos de 2018 e 2022. O objetivo era verificar se tinham resíduos de agrotóxicos e se estavam dentro dos limites seguros para consumo.
O tema é importante para que todas as pessoas busquem saber sobre a segurança do que consomem. Os resultados mostraram que a maioria dos alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes e cereais, está segura para consumo. Significa que os riscos de intoxicação por pesticidas nesses alimentos são baixos. Houve uma redução nos casos de risco agudo, que é quando há uma quantidade perigosa de agrotóxicos em uma única porção de alimento.
Um destaque importante foi a diminuição do risco agudo em laranjas, resultado das restrições de certos defensivos agrícolas nessa cultura. Isso mostra que medidas de controle podem melhorar a segurança dos alimentos que consumimos diariamente.
No entanto, foi identificada uma porcentagem de amostras com resíduos acima do limite permitido, o que representa uma preocupação. Essas não conformidades exigem mais cuidado na aplicação dos agrotóxicos e na garantia de boas práticas na produção de alimentos.
A Anvisa também avaliou a presença de defensivos em alimentos importados, como peras, que são cultivadas fora do Brasil. Foram usados critérios internacionais para garantir a segurança desses produtos.
(Fonte: Anvisa)
Recentemente, um projeto de lei que tramita há mais de duas décadas foi aprovado no Senado brasileiro para mudar as regras de produção, comercialização e uso de agrotóxicos. O projeto, que agora aguarda a sanção presidencial, busca agilizar a análise e liberação desses produtos e reduzir os prazos de avaliação de novos defensivos de três para dois anos.
A mudança gera debates entre quem vê benefícios para os agricultores e a produção agrícola e os que estão preocupados com potenciais riscos para a saúde e o meio ambiente. O projeto também define diferentes prazos para aprovação de agrotóxicos novos, genéricos e idênticos e é uma questão relevante para a segurança alimentar e a proteção do meio ambiente no Brasil.
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