Um levantamento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) revela que, desde o início da pandemia, houve um aumento de 60% em tentativas de golpes financeiros contra idosos, o que é preocupante para toda a sociedade. Segundo o artigo 171 do Código Penal, obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento é crime de estelionato. A pena para esse crime é a reclusão, de um a cinco anos, e multa.
Diferentemente do furto, onde existe a subtração dos bens de alguém, e do roubo, crime cuja tomada dos bens de uma pessoa ocorre mediante violência ou grave ameaça, o estelionato é caracterizado pelo meio fraudulento e ardiloso que faz a vítima entregar os seus bens por estar enganada e mantida em erro.
Quando o estelionato ocorre contra idoso ou vulnerável, a pena aumenta de 1/3 (um terço) ao dobro, considerada a relevância do resultado gravoso. Infelizmente, muitos estelionatários aplicam golpes diversos contra pessoas idosas por as considerarem mais fáceis de enganar.
Tendo em vista o aumento de golpes contra as pessoas idosas ou vulneráveis, confira dicas e aproveite para ensiná-las a quem você conhece.
Quando a pessoa idosa empresta cartões para que alguém faça compras para ela, ela fica vulnerável aos golpes de estelionato. Ao ter acesso às senhas, muitas pessoas, até as próximas, ficam aptas a adquirir bens para si.
Realizar compras sem o consentimento do idoso é considerado estelionato, principalmente quando há vantagem ilícita em detrimento do patrimônio da vítima, mantendo o idoso enganado quanto às movimentações bancárias.
Para aplicar o golpe do WhatsApp, o criminoso entra em contato com a pessoa idosa após clonar o celular de alguém que faz parte da lista de contato dela. Geralmente, para o golpe ficar mais apelativo, o criminoso costuma clonar o celular de filhos e netos, entrando em contato com ela para pedir uma transferência urgente de dinheiro após chamá-la de “mãe” ou “vovó”.
As vítimas acabam acreditando na situação, já que o pedido vem direto do número de telefone de um conhecido. Sabe-se que até mesmo pessoas mais esclarecidas acreditam na fraude, pois veem a foto e o histórico de conversas anteriores.
Nesse caso, observe como é feita a comunicação. Todo mundo tem um jeito específico de se comunicar pelo WhatsApp. Se a comunicação for feita de forma muito diferente de como a pessoa conhecida costuma abordar você nas conversas ou se houver muitos erros de português e apelações dramáticas, desconfie imediatamente da abordagem.
Antes de transferir qualquer quantia, entre em contato com quem, supostamente, está requisitando o dinheiro por outros meios além do WhatsApp. Se você não conseguir entrar em contato com o conhecido diretamente, telefone para pessoas que moram com ela ou que tenham contato direto para perguntar se ela realmente está pedindo dinheiro pelo WhatsApp.
Muitos golpistas fazem ligações para os idosos e pedem algumas informações, tais como: dados pessoais e senhas do banco. Nesses casos, o estelionatário se apresenta como um “funcionário do banco” e pede para a pessoa idosa realizar uma transferência bancária como um teste. É preciso saber que os bancos nunca ligam para os clientes a fim de realizar transações.
Por fim, vamos ressaltar alguns pontos que precisam ser observados na prevenção contra esses golpes:
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