Em abril de 2024, foi oficialmente aberto o processo de beatificação e canonização de Helena Agnieszka Kmiec, missionária leiga polonesa assassinada na Bolívia em 2017. Se canonizada, Helena poderá ser reconhecida como uma das santas millennials da Igreja, assim como o Beato Carlo Acutis, que inspira gerações de jovens católicos pelo mundo.
Helena nasceu em Cracóvia, Polônia, em 9 de fevereiro de 1991. A vida na Igreja contava com sua presença desde que era muito nova. A jovem ficou órfã de mãe muito cedo e seu pai casou novamente. Amorosa, Helena sempre disse ter três mães: a que deu à luz, a madrasta e Nossa Senhora.
Todos lembram como a menina era emocionalmente madura e participativa. Ela se envolvia em diversas atividades, tanto científicas quanto espirituais. Fez intercâmbio na Inglaterra no Ensino Médio e nunca abandou sua fé e práticas católicas. Fez aula de música e usava seu talento para Deus e para o próximo. Cantava e tocava violão no coral.
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Após concluir seus estudos de engenharia na Universidade Técnica da Silésia, ela se uniu ao Serviço de Voluntariado Missionário Salvator, da Congregação dos Padres Salvatorianos, o que a levou a países como Zâmbia, Romênia, Hungria e, finalmente, Bolívia, onde sua vida foi brutalmente interrompida. Na Zâmbia, deu aulas de inglês e matemática. Despertava e estimulava em todas as pessoas o gosto pelos estudos.
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Em 8 de janeiro de 2017, Helena chegou a Bolívia para iniciar uma missão voluntária no Colégio Edmundo Bojanowski, em Cochabamba. Apenas alguns dias depois, em 24 de janeiro, foi assassinada por dois criminosos que invadiram o local para roubar. Ela tentou proteger as freiras e crianças da escola, mas foi fatalmente atacada com uma faca quando tinha apenas 26 anos e estava no início de mais uma missão que tanto amava.
O Arcebispo de Cracóvia, Dom Marek Jędraszewski, anunciou a abertura oficial do processo de beatificação e incentivou aqueles que possuem documentos ou relatos sobre a vida de Helena a apresentá-los.
Seu martírio em nome da fé e do serviço inspirou uma onda de devoção espontânea entre os fiéis, que passaram a pedir sua intercessão.
Helena Kmiec, assim como Carlo Acutis, viveu uma espiritualidade marcada pela entrega aos outros e pelo desejo de difundir o amor de Deus e usar seus talentos para ajudar os mais necessitados.
A Fundação Helena Kmiec foi criada para dar continuidade ao trabalho que ela iniciou, com projetos educacionais e missionários, que beneficiam crianças em situação de vulnerabilidade em países como Zâmbia, México, Bolívia e Tanzânia. O legado de Helena vive também por meio dessa iniciativa.
Helena recebeu o prêmio póstumo da Cruz de Ouro ao Mérito. Foi atribuído a Helena, pelo Conselho Municipal, o título de Cidadã Honorária, e, também, na sua cidade, foi aprovada a nomeação da rua Helena Kmiec.
No relatório sobre a vida da Serva de Deus Helena, Padre Pawel Wróbel, postulador da causa de beatificação, destaca sua “profunda convicção de que, como crente, ela tinha o dever de compartilhar com outras pessoas a experiência do encontro com Deus”.
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Créditos das fotos: Fundação Helena Kmiec
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