No centro da Sagrada Família está Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem. A presença de Jesus na Família de Nazaré é o cerne de todo o mistério da Encarnação e da Salvação que Deus ofereceu à humanidade.
Ao celebrar Jesus, Maria e José, a Igreja nos convida a contemplar o mistério de Deus que se aproxima de nós por meio das relações humanas mais simples e profundas. A encarnação do Verbo ocorreu exatamente no contexto de uma família, pois Jesus foi acolhido por Maria e por José na vida de Nazaré, crescendo “em sabedoria, estatura e graça” no meio de uma convivência familiar real.
A plenitude do plano salvífico de Deus não excluiu a experiência humana, mas a elevou em sua dignidade. A família foi o primeiro lar de Jesus, onde Ele aprendeu a caminhar, a rezar, a trabalhar e a amar.
Jesus Cristo é o Filho de Deus, o Verbo eterno que se fez carne para nossa salvação (Jo 1,14). Isso significa que, embora pertença à família humana por nascimento terreno, Ele não é apenas filho de Maria e de José no sentido humano, mas é o Filho de Deus pelo mistério da Encarnação. Nessa verdade funda-se a fé cristã.
A vida de Jesus na família também nos revela algo essencial. Deus não quis salvar a humanidade desde o alto, distante da nossa experiência humana, mas Ele quis entrar nela, crescer nela e vivê-la conosco. Ao assumir a natureza humana, Jesus mostra que o amor de Deus não é abstrato. Ele próprio compartilhou de nossa condição humana em todas as suas dimensões, exceto no pecado.
Essa união de divindade e humanidade não diminui a realidade familiar de Jesus. Na verdade, lhe confere significado eterno. Ao viver na Sagrada Família, Jesus santificou todas as famílias humanas e revelou a importância da família como lugar de amor, fidelidade, serviço e fé.
Nesta mesma família ele foi obediente a seus pais (cf. Lc 2,51), aprendeu com eles o modo de viver segundo a vontade de Deus e partilhou do amor que os homens e mulheres são chamados a viver. Essa convivência foi planejada por Deus para que a família humana fosse elevada pela presença do Divino Filho, tornando-se sinal e veículo de salvação para o mundo.
A presença de Jesus na família de Maria e José mostra que o lar cristão tem uma dimensão divina e Deus deseja morar no meio de cada família como presença viva e ativa no amor, na oração e na vida cotidiana.
A Sagrada Família, por isso, é modelo e intercessora para todas as demais que buscam viver na fé, na esperança e na caridade, confiando em Deus nas alegrias e nas dificuldades.
Jesus é o Verbo de Deus que se fez carne e habitou entre nós — o Filho eterno gerado pelo Pai antes de todos os tempos, que assumiu nossa natureza humana para nos salvar (João 1,14).
Jesus e a revelação de Deus:
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” — assim João Batista testemunhou sobre Jesus, reconhecendo-O como aquele enviado por Deus (João 1,29).
Identidade divina confirmada:
Quando Jesus expirou na cruz, o centurião romano declarou: “Verdadeiramente este era o Filho de Deus” (Mateus 27,54).
Ao escolher crescer sob o cuidado de Maria e José, Jesus santificou a realidade familiar. O Evangelho atesta que Ele era obediente aos pais (Lc 2,51):
Então foi com eles para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, guardava todas essas coisas em seu coração.
Jesus mostrou a obediência, o respeito e o amor mútuo como parte do projeto de Deus para a vida familiar. O Catecismo recorda que a vida escondida de Jesus em Nazaré permite a todo cristão entrar em comunhão com Ele “nos acontecimentos mais simples da vida cotidiana” (CIC 533). A Sagrada Família é um modelo para todas as famílias, e mostra que a santidade é possível e desejada por Deus no cotidiano, no trabalho, na educação dos filhos e na vida de oração.
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