No próximo dia 19, dia de São José, celebraremos propriamente esse santo tão querido da Igreja. José foi escolhido por Deus, para ser o marido de Maria e o pai adotivo de Jesus e por isso ele é invocado também como protetor das famílias.
E filhos e filhas, como a família hoje precisa de proteção. A sociedade de hoje dá pouco valor à família. É difícil ser um verdadeiro pai e mãe num mundo de tantos contra valores, em que o amor acaba sendo medido pelos bens materiais.
A imagem de família é mostrada de forma distorcida, os valores éticos e morais que os pais devem passar aos filhos também. O grande problema é que não percebemos, porque tudo ocorre de forma velada. De imediato não conseguimos ter uma ideia concreta sobre esta influência, ela vai acontecendo em doses homeopáticas, um pouquinho a cada dia. É em longo prazo, mas o efeito fica. Quando a gente desperta, o estrago está feito e é difícil de reverter.
E, aquilo que foi semeado lentamente acaba sendo absorvido e aceito como normal, mas é como eu digo sempre, tem coisas que estão se tornando comuns, mas não são normais.
Infelizmente, muitas vezes, a mídia está ocupando o espaço dos educadores, pais e evangelizadores.
A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e fraternidade, colaboradora da obra da Criação. Seu papel é fundamental na formação dos filhos, já que aos pais é dada a responsabilidade de formar pessoas conscientes e cristãs. Eles são representantes legítimos de Deus perante os filhos que devem ser conduzidos nos valores do Evangelho.
Jesus fala de edificar a casa na rocha firme (cf. Mt 7,24-27), e a casa edificada na rocha é uma família que pratica a Palavra, é temente a Deus. Como lemos em Josué, eu e minha casa serviremos ao senhor, está dizendo que praticaremos a vontade de Deus. Seremos tementes a Deus. O alicerce de nossa casa é a rocha e a única rocha é Jesus Cristo.
Muitas vezes permitimos que os fundamentos de nossa família comecem a ruir quando guardamos mágoas, dissabores, segredos; quando deixamos de rezar, quando não percebemos que os corações estão se distanciando.
Mas é possível novamente fundamentar na rocha quando se volta a Deus. Voltar a Deus é reedificar os alicerces da família. “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15) deveria ser o lema das famílias.
Em sua homilia do Encontro das Famílias, o Papa Francisco assim falou:
“O verdadeiro vínculo é sempre com o Senhor. Todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas! Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Para rezar em família requer simplicidade! Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte”.
Vale a pena investir na família, ela traz alegria e realização a todos nós.
Finalizo esta mensagem, humildemente pedindo oração pelo VI Retiro Nacional que vai acontecer neste final de semana. Que o Espírito Santo ilumine a todos no pensar, no falar e no agir.
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