Bola na rede, troféu no alto e Terço na mão. Essa foi a cena que levou alegria e muita emoção no dia 13 de janeiro, quando o time masculino do Paraná foi campeão da Taça das Favelas. Em meio à comemoração, um jogador se destacou e o motivo foi além do futebol: Giovani Machado Tozo, jovem de 17 anos, elevou as mãos ao céu para agradecer a Deus com um Terço de Jesus das Santas Chagas, devoção abraçada pela Obra Evangelizar É preciso e pelo Padre Reginaldo Manzotti, seu fundador.
Para ele, a Taça das Favelas foi uma grande vitrine e importante passo dado. Apareceu na TV, foi notícia na imprensa e reconhecido também pela sua fé, declarada com o Terço nas mãos ou no pescoço, que foi presente de sua amada avó. Ele tem certeza que a peça sagrada o ajudou a ganhar o título.
“Sem fé não somos nada. Então, eu tive fé com ele e, graças a Deus, minhas preces foram ouvidas e realizadas”, lembra Giovani.
Por falar em fé, ela sempre foi presente na vida do talentoso jovem, que fez a Catequese, a Primeira Comunhão, Crisma e já foi coroinha. Ele relata que sua família é bastante unida, os pais trabalham juntos e ele tem mais dois irmãos.
O sonho no futebol é algo que faz parte da “tradição familiar” e vivido desde quando Giovani era criança. Os tios foram jogadores, o pai já foi árbitro e seu irmão também joga.
“Ter a profissão de jogador é meu sonho desde criança e eu não desisto dele nunca”, afirma o jovem determinado, que conta com a proteção de Jesus das Santas Chagas.
Mas ele tem mais desejos e focos para o futuro.
“Meus sonhos são morar na Espanha, virar um jogador mundialmente famoso, dar uma vida melhor pra minha avó e me formar em Fisioterapia também”, compartilha.
Ambidestro, sua posição no futebol é a de lateral. Na temporada de 2023 pelo Tanguá, time de Curitiba, Giovani fez 33 jogos, cinco gols e oito assistências. No campo, o seu grande exemplo é o jogador Cristiano Ronaldo devido à sua dedicação, disciplina e persistência. O português, considerado um dos principais atletas mundiais, é católico e já comentou sua disciplina em relação à fé e como sempre agradece a Deus por tudo que conquista.
Já fora das quatro linhas, o maior exemplo está bem pertinho.
“Meu ídolo é meu pai por sempre estar lutando pra dar de tudo pra gente”, afirma Giovani.
Em suas redes sociais e na vida, Emerson Tozo, sua inspiração, está sempre ao lado.
Na final do campeonato, o time paranaense venceu a equipe do Espírito Santo por 2 a 1, com gols de Nico e Caio, o que confirmou o título invicto da maior competição entre favelas do mundo, organizado pela Central Única das Favelas (Cufa). Atividades esportivas são um dos pilares da Cufa, que enxerga o esporte como uma ferramenta de inclusão social.
A competição aconteceu no Estádio Canindé, em São Paulo. A seleção paranaense para a edição nacional foi formada por atletas que se destacaram na Taça das Favelas estadual.
A Taça não é “só” futebol. É também um fator de integração social. A organização do campeonato oferece, antes do início dos jogos, em todos os estados que recebem o projeto, workshops sociais para jogadores e técnicos, que vão desde cuidado com a alimentação à educação financeira.
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