A frase do título da matéria certamente faz parte da sua vida. Um professor ou uma professora pode ter feito a diferença em algum momento da sua caminhada, não é mesmo?
Liz Cavalcante é professora do Ensino Fundamental da Escola Municipal Omar Sabbag, em Curitiba (PR). Mas suas aulas não se restringem ao quadro e cadernos. Como professora de robótica educacional há 10 anos, o que ela mais ensina, na verdade, é a como aprender.
Ficou na dúvida de como isso é possível? A própria Liz explica melhor. Segundo ela, durante as aulas, os alunos são incentivados a descobrir novas habilidades e formas de aprender e esse é o principal objetivo das aulas. Além disso, fazem de forma lúdica e divertida, solucionando problemas do dia a dia.
“Quando comecei o projeto na escola, não tinha ideia do impacto que causaria em mim e nos alunos envolvidos. Hoje sou muito feliz em ter contribuído com a formação de muitos alunos, que já estão até no mercado de trabalho”, disse.
Para além do conhecimento sobre tecnologia, computação e robótica, as aulas também proporcionam o protagonismo, tão necessário para as crianças.
“Elas se tornam protagonistas de seus aprendizados e conhecimentos em seus próprios tempos. Desenvolvem ainda a criatividade de forma lúdica, colocando a mão na massa e resolvendo os problemas em equipe”, completou a professora.
Durante os 10 anos no projeto, a “profe Liz” já fez a diferença para muitas crianças, que hoje lembram com alegria dos seus ensinamentos. É o caso de Gustavo Castro. Ele conta que, antes do projeto, não parava na sala de aula. Em suas palavras, “eu era um moleque arteiro demais, que brigava com todo mundo e vivia na diretoria”.
A vida virou de ponta cabeça quando ele conheceu a professora Liz.
“As pessoas diziam para ela não me aceitar no projeto, mas ela deixou. Soube lidar comigo, conversava e me orientava. Mostrava o que era correto. Se eu não a tivesse encontrado na minha vida, não sei o que seria de mim”.
Sem saber nem ler, a robótica, ao lado da professora que o incentivava, o então menino passou a ser diferente e se formou um homem pronto para encarar a vida.
“Ela mudou a minha vida. Me ensinou, acreditou em mim e hoje estou aqui para agradecê-la. Essa mulher incrível”.
Professora Liz com seus alunos em uma das aulas do projeto de robótica. Foto: Arquivo pessoal.
O reconhecimento não vem só de Gustavo. Rodrigo Teleginski afirmou que o projeto foi decisivo em sua vida porque colocou a energia que faltava para fazer a diferença nos campeonatos e educação.
“Ela se doou e a gente conseguiu ter um resultado incrível muito tempo atrás. Ela é determinada e incrível. Merece tudo de bom nesse mundo e, sem dúvidas, sempre vai ser uma grande inspiração que eu levo para a vida inteira”.
Rodrigo disse ainda que se não fosse pela professora e pelo projeto, jamais teria despertado seu interesse pela tecnologia, que hoje é parte da sua vida.
Alunos de Robótica da professora Liz aprendem de maneira lúdica e colocando a mão na massa, ou melhor, nos fios e condutores. Foto:Arquivo pessoal.
Outra aluna da equipe de Robótica é Kauana Martins. Emocionada, enfatizou o quanto o projeto foi gratificante para sua jornada. Segundo a aluna, a experiência de participar da equipe, disputar competições e aprender com a mão na massa fez a diferença em toda a sua formação.
“Esse projeto formou a minha vida. A professora Liz me ensinou tanto que eu nem consigo mensurar. Hoje eu sou a pessoa que sou por conta do projeto e dela”.
No dia 15 de outubro, Dia dos Professores, é necessário fazer o reconhecimento mais que merecido aos professores de Norte a Sul do Brasil.
Aos que dedicam suas vidas para fazer a diferença na caminhada de milhões de crianças, jovens e até adultos, muitos parabéns.
A partir de experiências, gestos e atitudes, conseguem levar amor, esperança e fé ao lado da educação e dos ensinamentos. Muito mais do que matemática e português, ensinam lições que conseguem transbordar e ser eternas.
Pose para a foto em uma das aulas de Robótica. Foto: Arquivo pessoal
“A educação transformadora abre novos horizontes, pois quando temos contato com contextos diversificados, temos um repertório maior de conhecimentos, o que ajuda a abrir a mente para outras formas de viver e outros estilos de vida. Dessa forma, teremos agentes transformadores do mundo em que vivemos. Não podemos transformar o mundo, mas podemos transformar pessoas que transformarão o mundo e suas próprias vidas”, finalizou Liz.
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