Nesta semana, celebramos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas. No entanto, sua história e devoção são pouco conhecidas de nós, brasileiros. Por isso, dedico esta mensagem para contar a história da Virgem de Guadalupe, que se passa no ano de 1531 onde atualmente está o México, que ainda pertencia ao império espanhol.
Juan Diego não pertencia a qualquer classe social do Império, mas era livre. Sabia ler e escrever. Perdera os pais muito cedo e dedicava-se ao trabalho no campo. Viúvo, ele vivia com o tio, Juan Bernardino, a quem estimava como a um pai. Eles haviam se convertido e receberam o batismo.
No dia 9 de dezembro de 1531, quando se dirigia para a igreja das Missões, ouviu uma linda música vinda da montanha. Parou para apreciar, quando ouviu uma voz por cima da montanha que o chamava suavemente: “Juanito, Juan Diego”. Subindo em sua direção, viu uma senhora e maravilhou-se pela sua grandeza. Seu vestido era radiante e seu rosto transparecia bondade e compaixão. Ela perguntou-lhe: “Juanito, o mais humilde de meus filhos, onde vais? Juan Diego respondeu: Minha Senhora e Menina, vou à igreja, seguir as coisas divinas”. Então pediu-lhe a senhora: “Eu desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente, para que eu possa mostrar todo o meu amor, e realizar o que a minha clemência pretende. Vá ao palácio do Bispo e comunica este meu grande desejo”. Ele se inclinou diante d’Ela e disse: “Minha Senhora, Eu estou indo cumprir Tua ordem, agora me despeço de Ti, Teu humilde servo”. Apressado seguiu para a casa do bispo. Esperou muito tempo e quando foi atendido, após ouvi-lo, o Bispo mandou que voltasse outro dia, para relatar melhor a história.
Juan Diego saiu triste, mas no dia seguinte, depois de rezar à Virgem, deixou sua casa e foi ver o Bispo. Novamente depois de muita dificuldade, o Bispo estava à sua frente. Ele expôs a ordem de Nossa Senhora do Céu e que, por Deus, acreditasse em sua mensagem. O Bispo, para assegurar-se, fez várias perguntas e pediu que apresentasse provas de que estava dizendo a verdade.
Juan Diego voltou logo para contar à Virgem Santíssima a resposta que trazia do Bispo. A Senhora, após ouvir, disse-lhe: “Muito bem, você retornará aqui amanhã, então levará ao Bispo o sinal por ele pedido. Com isso ele irá acreditar”.
No dia seguinte, não foi ao encontro da senhora. Saiu para levar um sacerdote para seu tio, que estava gravemente enfermo. Mas Ela o encontrou no caminho. Aproximou-se dele e disse: “O que há, meu pequeno filho? Onde estás indo?” E Juan Diego, pedindo desculpas, disse que deveria levar um sacerdote para administrar os Sacramentos, pois seu tio estava muito enfermo. A Santa Virgem lhe disse: “Escuta-me e entenda bem, meu filho, nada deve amedrontar ou afligir você. Não deixe seu coração perturbado. Não tema esta ou qualquer outra enfermidade ou angústia. Eu não estou aqui? Quem é sua Mãe? Você não está abaixo de minha proteção? Eu não sou a saúde? Não se aflija, pois seu tio será salvo dessa enfermidade”. Então Juan Diego prometeu que, o quanto antes, estaria na presença do Bispo para levar o sinal ou prova, a fim de que cresse. A Senhora pediu que ele subisse ao topo da montanha para que colhesse flores e trouxesse à sua presença.
Atendendo ao pedido da Virgem Maria, Juan Diego foi e quando chegou no topo da montanha ficou admirado vendo tantas rosas, perfumadas e umedecidas pelo orvalho. Colheu-as, levou-as à Senhora, que as arrumou dentro da tilma (manto) do índio e mandou que as mostrasse somente ao Bispo. Juan Diego se pôs a caminho, desta vez mais confiante.
Diante do Bispo, Juan Diego relatou como a Senhora o fizera subir até o local onde naquela época do ano só havia espinhos e lá encontrara rosas belíssimas. Dizendo isso, desenrolou o manto e as rosas rolaram pelo chão. O Bispo ficou maravilhado, pois além das rosas, estava estampada no manto de Juan Diego a imagem da Virgem de Guadalupe. Sua aparência, sua pele morena trazia as características de uma jovem indígena.
A preciosa imagem da sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, da mesma maneira como hoje ela é guardada no templo do Tepeyacac, desafia o tempo e os estudos científicos, pois a imagem impressa milagrosamente em um tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se deteriorar em 20 anos, não mostra sinais de deterioração depois de 474 anos, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem.
O Bispo e toda Igreja acreditaram. Logo foi erguida uma capela. Juan Diego construiu, ao lado do templo, uma cabana, onde permaneceu até sua morte. A Virgem de Guadalupe foi declarada Mãe das Américas e hoje acolhe e intercede por todos seus filhos e filhas.
Que a história da Virgem de Guadalupe nos leve a uma autêntica devoção mariana.
Deus abençoe!
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