Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa Senhora de Guadalupe Foto: Felipe Gusso

Nesta semana, celebramos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das Américas. No entanto, sua história e devoção são pouco conhecidas de nós, brasileiros. Por isso, dedico esta mensagem para contar a história da Virgem de Guadalupe, que se passa no ano de 1531 onde atualmente está o México, que ainda pertencia ao império espanhol.

Juan Diego não pertencia a qualquer classe social do Império, mas era livre. Sabia ler e escrever. Perdera os pais muito cedo e dedicava-se ao trabalho no campo. Viúvo, ele vivia com o tio, Juan Bernardino, a quem estimava como a um pai. Eles haviam se convertido e receberam o batismo.

No dia 9 de dezembro de 1531, quando se dirigia para a igreja das Missões, ouviu uma linda música vinda da montanha. Parou para apreciar, quando ouviu uma voz por cima da montanha que o chamava suavemente: “Juanito, Juan Diego”. Subindo em sua direção, viu uma senhora e maravilhou-se pela sua grandeza. Seu vestido era radiante e seu rosto transparecia bondade e compaixão. Ela perguntou-lhe: “Juanito, o mais humilde de meus filhos, onde vais? Juan Diego respondeu: Minha Senhora e Menina, vou à igreja, seguir as coisas divinas”. Então pediu-lhe a senhora: “Eu desejo que um templo seja construído aqui, rapidamente, para que eu possa mostrar todo o meu amor, e realizar o que a minha clemência pretende. Vá ao palácio do Bispo e comunica este meu grande desejo”. Ele se inclinou diante d’Ela e disse: “Minha Senhora, Eu estou indo cumprir Tua ordem, agora me despeço de Ti, Teu humilde servo”. Apressado seguiu para a casa do bispo. Esperou muito tempo e quando foi atendido, após ouvi-lo, o Bispo mandou que voltasse outro dia, para relatar melhor a história.

Juan Diego saiu triste, mas no dia seguinte, depois de rezar à Virgem, deixou sua casa e foi ver o Bispo. Novamente depois de muita dificuldade, o Bispo estava à sua frente. Ele expôs a ordem de Nossa Senhora do Céu e que, por Deus, acreditasse em sua mensagem. O Bispo, para assegurar-se, fez várias perguntas e pediu que apresentasse provas de que estava dizendo a verdade.

Juan Diego voltou logo para contar à Virgem Santíssima a resposta que trazia do Bispo. A Senhora, após ouvir, disse-lhe: “Muito bem, você retornará aqui amanhã, então levará ao Bispo o sinal por ele pedido. Com isso ele irá acreditar”.

Foto: Felipe Gusso

No dia seguinte, não foi ao encontro da senhora. Saiu para levar um sacerdote para seu tio, que estava gravemente enfermo. Mas Ela o encontrou no caminho.  Aproximou-se dele e disse: “O que há, meu pequeno filho? Onde estás indo?” E Juan Diego, pedindo desculpas, disse que deveria levar um sacerdote para administrar os Sacramentos, pois seu tio estava muito enfermo. A Santa Virgem lhe disse: “Escuta-me e entenda bem, meu filho, nada deve amedrontar ou afligir você. Não deixe seu coração perturbado. Não tema esta ou qualquer outra enfermidade ou angústia. Eu não estou aqui? Quem é sua Mãe? Você não está abaixo de minha proteção? Eu não sou a saúde? Não se aflija, pois seu tio será salvo dessa enfermidade”. Então Juan Diego prometeu que, o quanto antes, estaria na presença do Bispo para levar o sinal ou prova, a fim de que cresse. A Senhora pediu que ele subisse ao topo da montanha para que colhesse flores e trouxesse à sua presença.

Atendendo ao pedido da Virgem Maria, Juan Diego foi e quando chegou no topo da montanha ficou admirado vendo tantas rosas, perfumadas e umedecidas pelo orvalho. Colheu-as, levou-as à Senhora, que as arrumou dentro da tilma (manto) do índio e mandou que as mostrasse somente ao Bispo. Juan Diego se pôs a caminho, desta vez mais confiante.

Diante do Bispo, Juan Diego relatou como a Senhora o fizera subir até o local onde naquela época do ano só havia espinhos e lá encontrara rosas belíssimas. Dizendo isso, desenrolou o manto e as rosas rolaram pelo chão. O Bispo ficou maravilhado, pois além das rosas, estava estampada no manto de Juan Diego a imagem da Virgem de Guadalupe. Sua aparência, sua pele morena trazia as características de uma jovem indígena.

A preciosa imagem da sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, da mesma maneira como hoje ela é guardada no templo do Tepeyacac, desafia o tempo e os estudos científicos, pois a imagem impressa milagrosamente em um tecido de pouca qualidade (feito a partir do cacto), que deveria se deteriorar em 20 anos, não mostra sinais de deterioração depois de 474 anos, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem.

O Bispo e toda Igreja acreditaram. Logo foi erguida uma capela. Juan Diego construiu, ao lado do templo, uma cabana, onde permaneceu até sua morte. A Virgem de Guadalupe foi declarada Mãe das Américas e hoje acolhe e intercede por todos seus filhos e filhas.

Que a história da Virgem de Guadalupe nos leve a uma autêntica devoção mariana.

Deus abençoe!

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