O mal de Jezabel, a rainha adoradora de Baal que perseguiu os profetas de Deus

O mal de Jezabel, a rainha adoradora de Baal que perseguiu os profetas de Deus Basílica em Pádua, Itália: representação do sofrimento do profeta Elias em frente à rainha Jezabel

O nome dela, muitas vezes, pode ser comparado a um xingamento ou prenúncio do mal. Jezabel é conhecida por sua adoração aos deuses Baal e Astarte, a perseguição ao profeta Elias e sua trama contra Nabot, que resultou em sua execução para que o rei Acabe pudesse tomar posse de uma vinha. A rainha fenícia exerceu influência sobre o reino de Israel e sua tentativa de impor o culto pagão desafiava diretamente os mandamentos de Deus.

Jezabel era filha de Etbaal, rei de Sidom, e se casou com Acabe, rei de Israel, o que consolidou uma aliança política entre os dois reinos. Desde o início, ela demonstrou ter personalidade forte e determinada. A chegada ao trono de Israel resultou na adoração aos deuses pagãos Baal e Astarte. O primeiro era considerado o deus da chuva e da fertilidade, enquanto Astarte, ou Aserá, era uma deusa da fertilidade e da guerra.

A influência de Jezabel sobre Acabe era maléfica para todos, profunda e desastrosa para o povo de Israel. Ela incitou o rei a abandonar o culto ao Deus de Israel e a adotar a idolatria. Além disso, não tolerava oposição, perseguia implacavelmente os profetas de Deus, ameaçava e matava aqueles que a contestavam.

A perseguição ao profeta Elias e a injustiça contra Nabot

Uma das piores histórias envolvendo Jezabel é sua perseguição ao profeta Elias, que era um dos maiores profetas de Israel. Ele desafiou Jezabel e seus profetas de Baal em um confronto no Monte Carmelo, onde demonstrou o poder de Deus ao chamar fogo do céu. Após essa humilhação pública, a mulher jurou vingança contra Elias, que teve que fugir para salvar sua vida.

Sua maldade também foi direcionada a Nabot, quando ele se recusou a vender sua vinha ao rei Acabe, pois as terras eram herança de seus antepassados. Jezabel então arquitetou um plano maligno. Ela aconselhou Acabe a acusá-lo de blasfêmia e traição. Com isso, houve a execução de Nabot e a apropriação de sua vinha pelo rei, como está em 1 Reis 21, 15-16: “Quando Jezabel ouviu que Nabot havia sido apedrejado até a morte, disse a Acabe: ‘Levanta-te, toma posse da vinha de Nabot, o jezreelita, que ele não quis te dar por dinheiro, pois Nabot já não vive, está morto’. Quando Acabe ouviu que Nabot estava morto, levantou-se para descer à vinha de Nabot, o jezreelita, para dela tomar posse.”

O mal que teve seu fim

O fim de Jezabel foi tão trágico quanto a sua vida. Conforme a profecia de Elias, ela foi jogada de uma janela, pisoteada por cavalos e seu corpo foi devorado por cães (2 Reis 9, 33-37). Sua morte foi um sinal do julgamento divino e do fim de sua influência maléfica sobre Israel.

Jezabel tornou-se um símbolo de corrupção, manipulação e idolatria. Na tradição cristã, seu nome é frequentemente usado como metáfora para descrever uma mulher sedutora e maligna, que desvia os outros do caminho da retidão. Em Apocalipse, o nome Jezabel é usado para denunciar uma falsa profetisa que seduz os servos de Deus à imoralidade.

Diante de tanto horror e atitudes contra os filhos de Deus e contra a Sua Palavra, há quem se questione o motivo da história dessa rainha ser contada na Bíblia. Porém, é preciso entender que ela deve ser conhecida como um lembrete e resposta sobre as consequências da idolatria e da injustiça. Sua vida e ações continuam a ser estudadas e discutidas como exemplos de advertência contra o abandono dos mandamentos de Deus e a busca pelo poder a qualquer custo.

“Sempre terá uma Jezabel em nossa vida, para nos tirar as forças, mas Deus nunca nos abandona. Quando Elias pediu pra morrer, Deus disse: ‘levanta e coma’, e aqui faço referência ao nosso tema: ‘desperta, tu que dormes’. Quando somos alimentados por Deus, somos capazes de caminhar além daquilo que podemos imaginar.”, falou Padre Reginaldo Manzotti durante uma das palestras do Retiro Nacional 2024.

O Sacerdote explicou que Jezabel fez Elias fugir e se esconder, desacreditado e amedrontado, uma estratégia que o inimigo muitas vezes usa para desviar as pessoas do caminho da fé. No entanto, mesmo no momento de maior desolação, sob a árvore, Deus se fez presente ao oferecer a Elias alimento e força para continuar sua jornada.

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